sábado, 29 de dezembro de 2012

Escravidão sob a visão espírita!

Olá,

Não existe nada mais prazeroso do que curtir a semana entre o natal e o reveillón entre as páginas de um bom livro...seja na praia, na varanda de casa, na piscina ou, no meu caso, no sofá da Tia Maria, buscando um ventinho em Teresópolis! (Ainda bem que levei o ventilador só para garantir!)

Esta semana me debrucei com afinco sobre um novo romance espírita: "Sob a Égide da Cruz", psicografado por Elizabeth Pereira, ditado pelos espíritos Sophie e Cristóvão, editado pela Vivaluz Editora, primeira edição, 2012. 

A história começa no período das invasões Holandesas, na época do Brasil colonial, quando um grupo de espíritos encarnados no engenho Massapê, em Pernambuco, se vê as voltas com os compromissos assumidos no auge da escravidão no Brasil. 

Nesta fase é muito bacana a abordagem das vicissitudes sofridas pelos escravos e de como esta prova poderia significar uma grande oportunidade de resgate para uns, mas de crescimento e evolução para muitos missionários também, já que não raro espíritos de luz encarnavam nesta difícil condição e acabavam contribuindo para atenuar o sofrimento de todos que habitavam as senzalas, disseminando a humildade e a resignação entre corações revoltados. 

Este mesmo grupo, posteriormente, reencarna em Minas Gerais, na cidade de Diamantina, já no final do século XIX. A partir daí o enredo se concentra mais na relação de um casal que tem como objetivo resgatar os compromissos pretéritos, assumidos no engenho, lutando no presente pela causa abolicionista.

Só final do livro é que percebi que havia um romance anterior com estes mesmos personagens, chamado "Horizonte Vermelho" (prometo que vou ler este e comentar aqui também, fica para 2013!), mas não são tão encadeados que a leitura deva se dar nesta ordem necessariamente.

É interessante ver como, ao mesmo tempo em que os personagens desejam estar juntos, cada um se vê atado às obrigações assumidas na espiritualidade, das quais são lembrados em sonhos, quando se encontram com o preto velho que seria o guia do casal nesta empreitada.

Neste ponto do livro confesso que bateu uma inveja básica... eu nunca me lembro de sonho algum! Sempre rezo antes de dormir, peço proteção etc... e mesmo fazendo tudo como manda o figurino, mesmo que nem durma durante a oração, mesmo assim, não sonho com meu guia espiritual! 

Não tenho dúvida de que ele exista. Sei que me protege e até percebo um ou outro sinal de que estou no caminho certo ou não, mas eu sinto falta de ver e ouvir um conselho em um momento difícil. 

No livro, os sonhos são verdadeiros meios de comunicação entre os dois planos, em que os encarnados são esclarecidos e lembrados de seus compromissos o tempo todo. Em várias passagens, na verdade, o preto velho rouba a cena, com suas lições que demonstram as leis de causa e efeito, falam de parábolas de Jesus e aplicam as passagens do evangelho ao momento vivido pelos personagens. 

Aí a gente fica tentando absorver aquelas palavras e meio que quer encaixar elas na nossa vida...mas não é tão simples. Queria mesmo é que meu guia me esperasse dormir, pegasse na minha mão e me explicasse o porquê desta decepção, o porquê daquela tristeza, o que fazer para mudar de sintonia e não me deixar levar pelo desequilíbrio nos momentos de raiva... Seria tão mais fácil se durante o sono tudo me fosse explicado e eu acordasse certa do rumo a tomar. 

Às vezes, me pego desejando menos livre arbítrio e mais receita de bolo para viver... Se alguém tiver uma, adoraria receber por email! É pedir muito?

Um 2013 leve, cheio de saúde, luz, paz, amor e muitos sonhos bons!

É o que desejo para meu filhote e para todo mundo!

Fica aí no link abaixo a última dica do ano:


Te vejo no ano novo!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A força do amor!

Ho-Ho-Ho!!!

É natal!

A sáude, a alegria e a união da minha pequena família são meus maiores presentes neste natal e por eles sou muito, muito grata!

Apesar de acreditar que meus maiores tesouros são imateriais, não posso deixar de agradecer também pelo conforto e pela prosperidade que me permitem proporcionar ao Miguel o que de material ele possa precisar.

Ainda mais grata fico quando percebo as dificuldades e provas que pessoas bem próximas procuram superar.

No conforto de nossos lares, do nosso escritório ou local de trabalho, nem sempre percebemos que há pessoas vivenciando realidades muito distintas. Enquanto gastamos o nosso 13° salário em presentes de amigo oculto e festas de fim de ano, a auxiliar de serviços gerais que ainda não recebeu sequer o salário de dezembro pensa em como driblar a dura realidade diante da falta do básico.

Esta semana minha leitura parecia encomendada para responder às minhas dúvidas. Enquanto o pessoal se reunia numa vaquinha para ajudar a mitigar a situação difícil de uma funcionária terceirizada do nosso escritório, eu pensava no quanto isso é pouco...voltei para casa pensando em todos os que como ela vivem um natal de dureza, sem salário, sem saúde, sem uma família acolhedora...sei lá, sem o tudo que me parece tão banal no dia-a-dia... e pensei no pouco que faço por estas pessoas. Esse pensamento me causou uma angústia...

Aí entrou o livro de Robson Pinheiro, intitulado "A Força Eterna do Amor", ditado por Teresa de Calcutá, publicado pela editora Casa dos Espíritos.

A figura de Madre Teresa, seu olhar, suas mãos, me transmitem uma força que nunca associei ao medo ou a qualquer tipo de insegurança. Suas palavras sempre carregadas de uma simplicidade chocante falavam direto aos corações de milhares de pessoas. Sua imagem me passava uma paz instantânea.

Só pela foto da capa o livro já teve um apelo enorme ao meu coração.

Quanto mais lia, mais minhas impressões a respeito desta personalidade se confirmavam...mas um trecho me surpreendeu; no qual ela faz menção à importância de superar os nossos medos e dar o primeiro passo, praticar mesmo pequenas atitudes, que podem ter um impacto maior no futuro. Acho que me surpreendi porque para mim as atitudes dela eram sempre tão grandiosas em amor, generosidade, trabalho pelo próximo...que pareciam muito distantes da minha insignificância.

Tenho certeza que a leitura foi uma resposta aos meus questionamentos desta semana!

Transcrevo a passagem de fls. 144/145 que calou minha inquietude e pode ser que fale ao coração de mais alguém:

"(...) Teimosa, muito mais que corajosa, empreendi um trabalho que começava primeiro dentro de mim. Sabia que algo eu era capaz de realizar - ou Deus, através de mim, ainda que nunca imaginasse o quanto se concretizaria. Sempre me considerei uma gota neste imenso oceano da vida, da humanidade, e assim pensei que poderia fazer um pouquinho só de cada vez; que valeria carregar apenas um tijolo, fazer ao menos uma migalha do que teria de ser feito. E, para a migalha, eu tinha coragem - muito embora jamais cogitasse que essa migalha inspiraria outras pessoas a fazer muito mais. Na verdade, passo a passo descobri que o medo cedia à medida que eu caminhava; que a coragem crescia na proporção do amor e da fé dedicados ao pouco que realizava. Descobri em mim uma força que em momento algum supus deter. Percebi que estava ao meu alcance amar intensamente, tão intensamente quanto possível, apesar de não poder fazer coisas grandiosas. Logo canalizei minhas certezas, minha esperança e minha coragem para a força do amor. Se não pudesse realizar grandes feitos, então me derramaria inteira, até que o amor doesse ao máximo, naquela pequena contribuição que eu conseguiria dar. Hoje tenho certeza de que o medo é tão somente um obstáculo a transpor, a fim de que nos impulsionemos, pela fé e pelo amor, rumo às realizações que, mesmo pequenas, podem modificar o panorama do globo. (...) Cristo, conforme compreendo sua mensagem, jamais nos pediu que fizessemos grandes feitos ou fôssemos santos, missionários. Pediu-nos apenas que amássemos. E é claro que tinha consciência, ao formular semelhante pedido, de que cada um de nós amaria numa medida e numa dimensão diferente. De modo que não há lugar para comparações entre  o que esta ou aquela pessoa fez ou faz pela humanidade; o que se pode confrontar é a coragem individual em demonstrar o amor com que se é capaz de amar (...)"

O livro é todo muito bonito e muito emocionante, mas sabe quando você uma passagem e ela fala contigo? te diz o que precisava ouvir?

Nessa passagem, Teresa de Calcutá falou para mim...

Que neste Natal, o amor nos impulsione ao abraço mais forte, ao telefonema difícil, ao email que sempre esquecemos de mandar... a realizar aquela pequena atitude que está ao nosso alcance. Que seja o amor essa força a nos aproximar uns dos outros, seja como for!

Fica a dica de um ótimo presente de natal no link abaixo:

http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ORDEMN2=E&ESTRUTN1=&PALAVRASN1=A%20FOR%C7A%20ETERNA%20DO%20AMOR

Boa leitura!!