segunda-feira, 25 de março de 2013

Aos noivos!


Um brinde aos Noivos!


Neste último sábado casaram-se Pri e Leo, minha irmã querida e meu cumpadre, agora cunhadinho oficial.  Esse post é dedicado a eles.
Proveniente de uma família lusitana de relações muito apaixonadas e calorosas (para o bem e para o mal), minhas emoções em relação ao casamento anunciado há alguns meses pela minha irmazinha do meio eram conflitantes...uma mistura de felicidade, ansiedade, frio na barriga, apreensão e um ciúme de quem percebe que ele vai mesmo levar ela embora, para uma vida só deles, longe das minhas vistas (a umas duas ruas de distância...mas enfim!) e da qual eu não sou personagem principal, sou só platéia. 
Que infantil, né?! credo...que apego possessivo é esse?? Afinal, quero que ela cresça e seja feliz! Sei que vc está lendo e me achando uma boba...
Também acho, mas vou mentir justo aqui? melhor não...
Enfim, o casamento foi tudo que eles são: alternativo, divertido, surpreendente, emocionante, íntimo, aconchegante, acolhedor e lindo! Perfeito até nas adversidades, como desejava que fosse para ela e como eu sei que será a sua vida de casada... 
Ali na festa não houve espaço para desafetos ou desencontros, quais?! Já nem me lembro mais...Meu peito estava repleto de um orgulho besta de quem acha que contribuiu para vê-la se tornar aquela noiva linda. Minha memória inundada pelas recordações maravilhosas que vivemos em outros momentos em família...uma viagem para a fazenda do Vô beto, um carnaval em Arraial, o primeiro aninho da Pri em Teresópolis, a formatura da tia Cris (a primeira que assisti), o casamento das minhas tias, a festa dos 15 anos de uma prima, o Natal da Vó Dulce, as peladas do meu pai em nosso sítio, o batizado de um primo, uma festa surpresa para a Deborah, férias na casa do Vovô em Barra de São João, meu casamento (ah, um suspiro!), o primeiro aninho do Miguel, um churrasco há mil anos atrás no sítio do "Tio Tuninho" em Maricá... que para mim é "tio"mesmo sendo primo...rsrsrsrs.
Família é mesmo uma maravilhosa invenção de Deus. Sou grata pela minha, até pelos seus erros, porque com eles aprendo todos os dias tudo o que sou e o que quero tentar não ser. Tenho amor por ela, toda ela, com seus agregados pelo casamento ou pelos namoros longos... porque quando reunida ela me traduz em sua alegria, paixão, rompantes e tradição vascaína, pintando a vida em cores fortes, como o batom vermelho da Deborah, minha irmã caçula, o destaque no quesito Glamour da festa! 
Quero ela sempre assim, repleta em suas imperfeições, complexidades e maravilhas, porque afinal somos todos feitos do mesmo barro e da nossa mistura nascem imagens gloriosas que nem o mais fino cristal poderia representar.
Casamento não é moleza, tem seus altos e baixos, mas com a pessoa certa é um encaixe perfeito, mesmo nas suas extremidades mais pontiagudas e nas rachaduras que parecem não ter mais como colar.  É o amor que vai burilando cada faceta das personalidades envolvidas, vai mesclando qualidades e defeitos até que ninguém sabe onde começa um e termina o outro.
Acho sempre minha mãe cada vez mais parecida com meu pai e acho ele tão melhorado por ela...é isso: o casamento.
A Pri e o Leo são a pessoa certa um do outro. Eu sei disso (eu e minhas certezas de quem se acha dona da verdade, mas deixa quieto....). A felicidade deles é a minha. Dela virão novos integrantes desta engrenagem que só vai funcionando e seguindo em frente, multiplicando suas funcionalidades e melhorando sua performance. Vai funcionar bem para sempre...porque não acredito que a morte nos separe.
Nenhum casal jamais foi tão abençoado em uma união tão ecumênica!
O Escritos e lidos presenteia o casal com um texto que faz parte da minha história, que conheci quando casei e que sempre leio quando preciso me lembrar  o que significa estar casada e o quanto quero que dê certo!
Compartilho com vcs na esperança de que ele renove os votos e desejos de felicidade que receberam de todos e na expressão da minha gratidão à vida por mais esse lembrete do que realmente importa para mim!
Meninos, sejam bons um com o outro e tudo vai dar certo! 
Stick together!
Boa viagem!!

Bjs!

"CÂNTICO DE NÚPCIAS
Nossos caminhos são agora um só caminho,
nossas almas, uma só alma.
Cantarão para nós os mesmos pássaros,
e os mesmos anjos desdobrarão sobre nós
as invisíveis asas.
Temos agora por espelho os nossos olhos;
o teu riso dirá a minha alegria,
e o teu pranto, a minha tristeza.
Se eu fechar os olhos, tu estarás presente;
se eu adormecer, serás o meu sonho;
e serás, ao despertar, o sol que desponta.
Nossos mapas serão iguais,
e traçaremos juntos os mesmos roteiros
que conduzam às fontes escondidas
e aos tesouros ocultos.
Na mesma página do Evangelho encontraremos o Cristo,
partiremos na ceia o mesmo pão;
meus amigos serão os teus amigos,
perdoaremos com iguais palavras
aqueles que nos invejam.
Será nossa leitura à luz da mesma lâmpada,
aqueceremos as mãos ao mesmo fogo
e veremos em silêncio desabrochar no jardim
a primeira rosa da Primavera.
Iremos depois nos descobrindo nos filhos que crescem,
e não mais saberemos distinguir em cada um
os meus traços e os teus,
o meu e o teu gesto,
e então nos tornaremos parecidos.
E nem o mundo nem a guerra nem a morte,
nada mais poderá separar-nos,
pois seremos mais que nunca,
em cada filho,
uma só carne
e um só coração.
Que o homem não separe o que Deus uniu.
Que o tempo não destrua a aliança que nos prende,
nem os amores, o amor.
Que eu não tenha outro repouso que o teu peito,
outro amparo que a tua mão,
outro alimento que o teu sorriso.
E, quando eu fechar os olhos para a grande noite,
sejam tuas as mãos que hão de fechá-los.
E, quando os abrir para a visão de Deus,
possa contemplar-te como o caminho
que me levou, dia após dia,
à fonte de todo amor.
Nossos caminhos são agora um só caminho,
nossas almas, uma só alma.
Já não preciso estender a mão para alcançar-te,
já não precisas falar para que eu te escute..."

(Dom Marcos Barbosa)

sexta-feira, 15 de março de 2013

A ditadura dos pequenos!

Se tem um assunto que paira sobre meus pensamentos constantemente é como não deixar que minha vida gire em torno do meu filhote a ponto dele se sentir o todo poderoso da família.
 
No primeiro aninho a gente fica por conta deles mesmo, não tem jeito. É um bebezinho, cheio de gracinhas, fofinho, cheirando a Johnson&Johnson...praticamente impossível não ficar refém dele. Entre mil coisas que eu tinha para fazer, se ele estivesse acordado, era com ele no colinho que eu queria ficar! Em nome da continuidade do casamento, a partir dos seis meses, a gente começa a deixar com a mãe, para um jantar, com a sogra, para pegar um cineminha, ou com a tia, para ir naquele anivesário de um amigo...acha que precisa de um tempo sem ele, mas o coração fica na mão, a saudade aperta, vc se sente culpada mas finge que não é nada e está tudo bem...para felicidade geral da nação.
 
A partir de um aninho, vc percebe que a criança sabe quando vai ser deixada para trás. Começa a escolher só programas que possa levá-la, compensa a ausência deixando o que sabe que não pode...Só que a partir daí os pequenos vão determinando muitas outras escolhas...o que acho perfeitamente normal, porque quem decide ter filhos já optou por prioridades e programas totalmente diferentes por um bom tempo. É obrigação dos pais que já trabalham a semana inteira proporcionar momentos de lazer em família que incluam uma programação voltada para os filhos pequenos, pelo menos nos fins de semana...
 
O que me preocupa é o que vem depois...(porque eu sou ansiosa e estressada por natureza, sempre me preocupo com o que está no futuro e, claro, quando ele vira presente sempre me surpreende com algo que eu jamais teria pensado...e eu constato que me preocupei o tempo todo com a coisa errada!)
 
O problema é que observo a minha volta pequenos ditadores, crianças que mandam literalmente na vida dos pais (aqueles que criam efetivamente os filhos, sem a história da terceirização para as babás). E o pior é que acho que isso aconteceria facilmente comigo...sem perceber, para evitar me aborrecer e por cansaço mesmo, se o filho chora pela 3 vez eu dou o que ele quer...mesmo sabendo que não devia dar.
 
Em um passeio no parquinho de um shopping, vejo as crianças decidindo a hora de ir embora e não os pais. No restaurante, se a criança decide que não come, ela não come e pronto, nem deixa a mãe comer (isso para mim foi o fim da picada, fiquei muito solidária com aquela mãe).
 
E aí fico pensando em todas as vezes que eu tento fazer alguma coisa com o Miguel  e ele se recusa a cooperar...se eu chego no lugar e ele chora e faz pirraça, meu primeiro pensamento é ir embora.
 
Miguel está vidrado nas gavetas. Ele abre mil vezes (e eu nunca lembro de comprar o tal dispositivo de segurança para gavetas), na milésima vez, eu deixo ele brincar e tirar tudo da gaveta. Simplesmente porque já não aguento mais dizer não.
 
Ele se recusa a entender o não. Será que é o início da ditadura do filho único aqui em casa?
 
Bom, pelo visto minha preocupação tem algum fundamento...porque não é que tem um livro sobre o assunto? Esbarrei neste artigo no site da folha e resolvi compartilhar minhas ansiedades, quem sabe alguém tem mais uma dica de leitura para mães excessivamente neuróticas?
 
 
Enquanto isso, vou tentando evitar o golpe de estado do Miguel com as técnicas da super nanny, mas devo confessar que ele não está entendendo muito bem o lance do castigo...se ele fica rindo no castigo acho que não surte muito efeito, né??
 
Céus....

sexta-feira, 8 de março de 2013

Parabéns, Mulherada!!

Oh, vida difícil a das mulheres de hoje, mas acho que todos concordam que já foi muito pior, em termos de saúde, independência, liberdade de expressão, etc... Nunca fomos tão livres, mas em compensação nos deparamos com problemas novos, medos novos; criamos filhos em meio a perigos que muitas vezes são virtuais e passam pela nossa rede social sem ser anunciados propriamente. Consolidamos nossas relações em uma sociedade de amizades superficiais, relacionamentos descartáveis, vidas de pura aparência, sem nenhum conteúdo. Recriamos nossa fé, em tempos de materialismo máximo...
Em qualquer tempo ou lugar ser mulher é um desafio, por si só, mas cheio de sensações só nossas: o nascimento de um filho, o amor que nasce com ele, a alegria de presenciar suas grandes pequenas descobertas a cada dia; o elogio do homem amado, seu abraço apaixonado mesmo no momento de crise; o conforto de uma palavra bem dita que só aquela amiga pode te oferecer; a sensação gostosa de caber naquela roupa prévia ao momento gestação (ai, como deve ser bom...rsrsrsrsrs).
Enfim, no dia internacional da mulher, minha homenagem a todas elas, só pela imensa coragem de serem mulheres de verdade, dessas que criam filhos, arrumam a casa, vão para o trabalho, fazem declaração de imposto de renda e ainda acham um tempinho para namorar...
 
Parabéns para nós, mulheres do mundo de hoje, antenadas com o que vem por aí!
 
Segue texto do Pablo Neruda que ganhei hoje. Compartilho o presente com a mulherada, porque não tem como não se identificar! bjs!!
 
"Mulheres
 
Elas riem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
 
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
 
Elas andam sem novos sapatos
para sua criança poder tê-los.
Elas vão ao médico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
 
Elas choram quando suas crianças adoecem e
se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversário ou um novo casamento."