terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Solidariedade é o tema!

E quanto mais eu penso, menos consigo entender esse mundo. Em tempos de eleição de Trump (e nem vou falar da política brasileira pra não polemizar) como entender pra aonde vamos? Este livro estava encostado aqui em casa desses que a gente compra e fala que vai ler já, já, mas não pega sabe? Quando peguei e li tive vontade de mandar pra ele, tadinho, tão equivocado na vida...
"O mundo não tem mais tempo a perder", Le Collegium International, tradução de Clóvis Marques, editado pela Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 2014, 1a. Edição, é um estudo sobre governança solidária e responsável que discute a importância de olhar para o planeta livre de quaquer noção de hegemonia, porque não há nação no mundo que esteja isolada em uma realidade tão globalizada como a atual. O problema da Síria não é só dela, os refugiados não são objetos cujo fluxo migratório possa ser detido, são pessoas dispostas a tudo pra viver fora da guerra. Não existe quem já tenha cumprido sua missão e possa estar livre de qualquer contribuição para o bem estar do outro. Estamos todos conectados. A infelicidade de uns abala a todos. Não há paz se um só lugar no mundo está em conflito. E o bacana da proposta desse livro é que ela mostra o quanto estamos equivocados com as políticas públicas atuais...o quanto temos a contribuir para a comunidade em que estamos inseridos. Apenas nós podemos iniciar o movimento ali proposto. Não existe um único governante, do meu ponto de vista, que esteja apenas comprometido com essa mudança de paradigmas na Administração Global. Os interesses egoístas prevalecem sempre em cada nação. Protecionismos que vão na contramão das necessidades de todos...
E se a gente pensar bem, será que fazemos a nossa parte?
Em que contribuímos para esse estado de coisas?
Em que momentos somos realmente solidários, na nossa família, no nosso ambiente de trabalho, nos nossos relacionamentos mais caros? 
Na administração dos conflitos ensinamos solidariedade? Vivenciamos de forma responsável nosso dia-a-dia?
Eu tenho muita facilidade em identificar no outro o que faltou para governança ideal, assim como olho para o Trump e aponto tudo de errado que se pode identificar à primeira vista nessas medidas toscas dele, mas em mim o que falta construir...é mais difícil de implementar. 
Como mãe, olho para meus dois meninos tão amorosos mas também tão donos de tudo...nessa fase que a criança quer tudo pra si...e penso como torná-los menos ciumentos, mais generosos, como solucionar as disputas sem magoar nenhum deles, mas o certo é que as frustrações são parte do crescimento e eles precisam ver além do próprio umbigo. 
Como mulher entendo que o maior conflito do meu mundo interno está em seguir minha individualidade, meus desejos profissionais e pessoais, mas também manter a harmonia das minhas relações afetivas, não deixar que as frustrações de um lado interfiram em outro, não sobrecarregar de expectativas aqueles que estão a minha volta no percurso...ninguém é perfeito, mas podemos co-existir nos ajudando a construir o que falta, ao invés de viver apontando os mísseis na hora da crise. 
Não moramos na cidade perfeita e podemos protestar, sim, contra o que está errado, mas ao mesmo tempo, podemos agir de forma solidária, contribuindo para as famílias que estão sem receber salários, divulgando medidas (ainda que paliativas) para passarmos todos por esse momento da melhor maneira possível. 
Há sempre algo que podemos doar, não apenas dinheiro ou bens, mas de nós mesmos, nosso tempo, nossa voz, nossos ouvidos, nosso abraço, nosso perfil na rede social. Vamos divulgar o bem, curtir o que vale a pena...
Precisamos de governança solidária e responsável em nossas vidas; quando conseguirmos nos governar o mundo estará salvo.