sexta-feira, 15 de março de 2013

A ditadura dos pequenos!

Se tem um assunto que paira sobre meus pensamentos constantemente é como não deixar que minha vida gire em torno do meu filhote a ponto dele se sentir o todo poderoso da família.
 
No primeiro aninho a gente fica por conta deles mesmo, não tem jeito. É um bebezinho, cheio de gracinhas, fofinho, cheirando a Johnson&Johnson...praticamente impossível não ficar refém dele. Entre mil coisas que eu tinha para fazer, se ele estivesse acordado, era com ele no colinho que eu queria ficar! Em nome da continuidade do casamento, a partir dos seis meses, a gente começa a deixar com a mãe, para um jantar, com a sogra, para pegar um cineminha, ou com a tia, para ir naquele anivesário de um amigo...acha que precisa de um tempo sem ele, mas o coração fica na mão, a saudade aperta, vc se sente culpada mas finge que não é nada e está tudo bem...para felicidade geral da nação.
 
A partir de um aninho, vc percebe que a criança sabe quando vai ser deixada para trás. Começa a escolher só programas que possa levá-la, compensa a ausência deixando o que sabe que não pode...Só que a partir daí os pequenos vão determinando muitas outras escolhas...o que acho perfeitamente normal, porque quem decide ter filhos já optou por prioridades e programas totalmente diferentes por um bom tempo. É obrigação dos pais que já trabalham a semana inteira proporcionar momentos de lazer em família que incluam uma programação voltada para os filhos pequenos, pelo menos nos fins de semana...
 
O que me preocupa é o que vem depois...(porque eu sou ansiosa e estressada por natureza, sempre me preocupo com o que está no futuro e, claro, quando ele vira presente sempre me surpreende com algo que eu jamais teria pensado...e eu constato que me preocupei o tempo todo com a coisa errada!)
 
O problema é que observo a minha volta pequenos ditadores, crianças que mandam literalmente na vida dos pais (aqueles que criam efetivamente os filhos, sem a história da terceirização para as babás). E o pior é que acho que isso aconteceria facilmente comigo...sem perceber, para evitar me aborrecer e por cansaço mesmo, se o filho chora pela 3 vez eu dou o que ele quer...mesmo sabendo que não devia dar.
 
Em um passeio no parquinho de um shopping, vejo as crianças decidindo a hora de ir embora e não os pais. No restaurante, se a criança decide que não come, ela não come e pronto, nem deixa a mãe comer (isso para mim foi o fim da picada, fiquei muito solidária com aquela mãe).
 
E aí fico pensando em todas as vezes que eu tento fazer alguma coisa com o Miguel  e ele se recusa a cooperar...se eu chego no lugar e ele chora e faz pirraça, meu primeiro pensamento é ir embora.
 
Miguel está vidrado nas gavetas. Ele abre mil vezes (e eu nunca lembro de comprar o tal dispositivo de segurança para gavetas), na milésima vez, eu deixo ele brincar e tirar tudo da gaveta. Simplesmente porque já não aguento mais dizer não.
 
Ele se recusa a entender o não. Será que é o início da ditadura do filho único aqui em casa?
 
Bom, pelo visto minha preocupação tem algum fundamento...porque não é que tem um livro sobre o assunto? Esbarrei neste artigo no site da folha e resolvi compartilhar minhas ansiedades, quem sabe alguém tem mais uma dica de leitura para mães excessivamente neuróticas?
 
 
Enquanto isso, vou tentando evitar o golpe de estado do Miguel com as técnicas da super nanny, mas devo confessar que ele não está entendendo muito bem o lance do castigo...se ele fica rindo no castigo acho que não surte muito efeito, né??
 
Céus....

2 comentários:

  1. deixe de ser tão neurótica,afinal meu neto é uma crianÇa e como tal só precisa de carinho e atenÇão,beijos,mãe

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  2. Valeu, mãe! Que seria de mim sem o seu apoio moral! Kkkkkkkk

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