sábado, 29 de dezembro de 2012

Escravidão sob a visão espírita!

Olá,

Não existe nada mais prazeroso do que curtir a semana entre o natal e o reveillón entre as páginas de um bom livro...seja na praia, na varanda de casa, na piscina ou, no meu caso, no sofá da Tia Maria, buscando um ventinho em Teresópolis! (Ainda bem que levei o ventilador só para garantir!)

Esta semana me debrucei com afinco sobre um novo romance espírita: "Sob a Égide da Cruz", psicografado por Elizabeth Pereira, ditado pelos espíritos Sophie e Cristóvão, editado pela Vivaluz Editora, primeira edição, 2012. 

A história começa no período das invasões Holandesas, na época do Brasil colonial, quando um grupo de espíritos encarnados no engenho Massapê, em Pernambuco, se vê as voltas com os compromissos assumidos no auge da escravidão no Brasil. 

Nesta fase é muito bacana a abordagem das vicissitudes sofridas pelos escravos e de como esta prova poderia significar uma grande oportunidade de resgate para uns, mas de crescimento e evolução para muitos missionários também, já que não raro espíritos de luz encarnavam nesta difícil condição e acabavam contribuindo para atenuar o sofrimento de todos que habitavam as senzalas, disseminando a humildade e a resignação entre corações revoltados. 

Este mesmo grupo, posteriormente, reencarna em Minas Gerais, na cidade de Diamantina, já no final do século XIX. A partir daí o enredo se concentra mais na relação de um casal que tem como objetivo resgatar os compromissos pretéritos, assumidos no engenho, lutando no presente pela causa abolicionista.

Só final do livro é que percebi que havia um romance anterior com estes mesmos personagens, chamado "Horizonte Vermelho" (prometo que vou ler este e comentar aqui também, fica para 2013!), mas não são tão encadeados que a leitura deva se dar nesta ordem necessariamente.

É interessante ver como, ao mesmo tempo em que os personagens desejam estar juntos, cada um se vê atado às obrigações assumidas na espiritualidade, das quais são lembrados em sonhos, quando se encontram com o preto velho que seria o guia do casal nesta empreitada.

Neste ponto do livro confesso que bateu uma inveja básica... eu nunca me lembro de sonho algum! Sempre rezo antes de dormir, peço proteção etc... e mesmo fazendo tudo como manda o figurino, mesmo que nem durma durante a oração, mesmo assim, não sonho com meu guia espiritual! 

Não tenho dúvida de que ele exista. Sei que me protege e até percebo um ou outro sinal de que estou no caminho certo ou não, mas eu sinto falta de ver e ouvir um conselho em um momento difícil. 

No livro, os sonhos são verdadeiros meios de comunicação entre os dois planos, em que os encarnados são esclarecidos e lembrados de seus compromissos o tempo todo. Em várias passagens, na verdade, o preto velho rouba a cena, com suas lições que demonstram as leis de causa e efeito, falam de parábolas de Jesus e aplicam as passagens do evangelho ao momento vivido pelos personagens. 

Aí a gente fica tentando absorver aquelas palavras e meio que quer encaixar elas na nossa vida...mas não é tão simples. Queria mesmo é que meu guia me esperasse dormir, pegasse na minha mão e me explicasse o porquê desta decepção, o porquê daquela tristeza, o que fazer para mudar de sintonia e não me deixar levar pelo desequilíbrio nos momentos de raiva... Seria tão mais fácil se durante o sono tudo me fosse explicado e eu acordasse certa do rumo a tomar. 

Às vezes, me pego desejando menos livre arbítrio e mais receita de bolo para viver... Se alguém tiver uma, adoraria receber por email! É pedir muito?

Um 2013 leve, cheio de saúde, luz, paz, amor e muitos sonhos bons!

É o que desejo para meu filhote e para todo mundo!

Fica aí no link abaixo a última dica do ano:


Te vejo no ano novo!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A força do amor!

Ho-Ho-Ho!!!

É natal!

A sáude, a alegria e a união da minha pequena família são meus maiores presentes neste natal e por eles sou muito, muito grata!

Apesar de acreditar que meus maiores tesouros são imateriais, não posso deixar de agradecer também pelo conforto e pela prosperidade que me permitem proporcionar ao Miguel o que de material ele possa precisar.

Ainda mais grata fico quando percebo as dificuldades e provas que pessoas bem próximas procuram superar.

No conforto de nossos lares, do nosso escritório ou local de trabalho, nem sempre percebemos que há pessoas vivenciando realidades muito distintas. Enquanto gastamos o nosso 13° salário em presentes de amigo oculto e festas de fim de ano, a auxiliar de serviços gerais que ainda não recebeu sequer o salário de dezembro pensa em como driblar a dura realidade diante da falta do básico.

Esta semana minha leitura parecia encomendada para responder às minhas dúvidas. Enquanto o pessoal se reunia numa vaquinha para ajudar a mitigar a situação difícil de uma funcionária terceirizada do nosso escritório, eu pensava no quanto isso é pouco...voltei para casa pensando em todos os que como ela vivem um natal de dureza, sem salário, sem saúde, sem uma família acolhedora...sei lá, sem o tudo que me parece tão banal no dia-a-dia... e pensei no pouco que faço por estas pessoas. Esse pensamento me causou uma angústia...

Aí entrou o livro de Robson Pinheiro, intitulado "A Força Eterna do Amor", ditado por Teresa de Calcutá, publicado pela editora Casa dos Espíritos.

A figura de Madre Teresa, seu olhar, suas mãos, me transmitem uma força que nunca associei ao medo ou a qualquer tipo de insegurança. Suas palavras sempre carregadas de uma simplicidade chocante falavam direto aos corações de milhares de pessoas. Sua imagem me passava uma paz instantânea.

Só pela foto da capa o livro já teve um apelo enorme ao meu coração.

Quanto mais lia, mais minhas impressões a respeito desta personalidade se confirmavam...mas um trecho me surpreendeu; no qual ela faz menção à importância de superar os nossos medos e dar o primeiro passo, praticar mesmo pequenas atitudes, que podem ter um impacto maior no futuro. Acho que me surpreendi porque para mim as atitudes dela eram sempre tão grandiosas em amor, generosidade, trabalho pelo próximo...que pareciam muito distantes da minha insignificância.

Tenho certeza que a leitura foi uma resposta aos meus questionamentos desta semana!

Transcrevo a passagem de fls. 144/145 que calou minha inquietude e pode ser que fale ao coração de mais alguém:

"(...) Teimosa, muito mais que corajosa, empreendi um trabalho que começava primeiro dentro de mim. Sabia que algo eu era capaz de realizar - ou Deus, através de mim, ainda que nunca imaginasse o quanto se concretizaria. Sempre me considerei uma gota neste imenso oceano da vida, da humanidade, e assim pensei que poderia fazer um pouquinho só de cada vez; que valeria carregar apenas um tijolo, fazer ao menos uma migalha do que teria de ser feito. E, para a migalha, eu tinha coragem - muito embora jamais cogitasse que essa migalha inspiraria outras pessoas a fazer muito mais. Na verdade, passo a passo descobri que o medo cedia à medida que eu caminhava; que a coragem crescia na proporção do amor e da fé dedicados ao pouco que realizava. Descobri em mim uma força que em momento algum supus deter. Percebi que estava ao meu alcance amar intensamente, tão intensamente quanto possível, apesar de não poder fazer coisas grandiosas. Logo canalizei minhas certezas, minha esperança e minha coragem para a força do amor. Se não pudesse realizar grandes feitos, então me derramaria inteira, até que o amor doesse ao máximo, naquela pequena contribuição que eu conseguiria dar. Hoje tenho certeza de que o medo é tão somente um obstáculo a transpor, a fim de que nos impulsionemos, pela fé e pelo amor, rumo às realizações que, mesmo pequenas, podem modificar o panorama do globo. (...) Cristo, conforme compreendo sua mensagem, jamais nos pediu que fizessemos grandes feitos ou fôssemos santos, missionários. Pediu-nos apenas que amássemos. E é claro que tinha consciência, ao formular semelhante pedido, de que cada um de nós amaria numa medida e numa dimensão diferente. De modo que não há lugar para comparações entre  o que esta ou aquela pessoa fez ou faz pela humanidade; o que se pode confrontar é a coragem individual em demonstrar o amor com que se é capaz de amar (...)"

O livro é todo muito bonito e muito emocionante, mas sabe quando você uma passagem e ela fala contigo? te diz o que precisava ouvir?

Nessa passagem, Teresa de Calcutá falou para mim...

Que neste Natal, o amor nos impulsione ao abraço mais forte, ao telefonema difícil, ao email que sempre esquecemos de mandar... a realizar aquela pequena atitude que está ao nosso alcance. Que seja o amor essa força a nos aproximar uns dos outros, seja como for!

Fica a dica de um ótimo presente de natal no link abaixo:

http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ORDEMN2=E&ESTRUTN1=&PALAVRASN1=A%20FOR%C7A%20ETERNA%20DO%20AMOR

Boa leitura!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Dark Romances!

Semana passada fui ao cinema (meu marido não perde o 007 por nada nesse mundo!) e vi o trailer da última parte do "Amanhecer". Como li a série "Crepúsculo" e companhia durante o final meio complicado da gravidez, acho que não postei nada sobre o assunto aqui no blog. Então, aproveitando a deixa do filme, quero deixar claro que os livros são infinitamente melhores! Quem ficou curioso e foi ao cinema conferir os filmes, não pode deixar a curiosidade morrer na telona, tem que conferir os livros. A história de Isabella e Eduard fez tanto sucesso que desencadeou uma série de livros com temática parecida, misturando romance e algo de sobrenatural. Em algumas livrarias utiliza-se o termo "dark romances"para fazer menção a esse tipo de livro. 
Quanto à série de Stephenie Meyer, todos eles são bons, mas meu preferido é o mesmo o último.
O quarto livro, "Amanhecer", reúne tudo de bom, do meu ponto de vista: casamento, amor, louco amor, com direito a lua de mel no Brasil (e tem lugar melhor?!) e aquele lance meio vampiro proibido que já rola desde o primeiro livro. No entanto, relendo o livro, para poder ver o filme e criticar bastante (coisa de gente chata mesmo!) percebi que podemos fazer um paralelo interessante entre o sucesso do crepúsculo e o de outra "saga" que já comentei aqui o "cinquenta tons". Pense bem, o que Eduard e Christian têm em comum? Ambos são homens muito endinheirados e dominadores dispostos a tudo por uma mulher submissa o suficiente para abandonar o resto de suas vidas e viver em função do dito cujo. A diferença é o meio empregado para convencer a candidata. Enquanto um é bem direto e incisivo o outro opta por um aproach delicado no estilo "não quero te morder, mas como posso resistir se vc é tão irresistível?!" 
O fato é que cada vez fico mais convencida de que as mulheres (evidente público alvo destas publicações) estão encantadas com a idéia de ter novamente um "macho provedor". Quem leu a coluna da Marta Medeiros na revista do Jornal O Globo, de domingo passado, viu que ela esta chegando à mesma conclusão, embora por motivos diversos. A idéia de que a mulher de hoje deseja uma dependência financeira que a de ontem tanto lutou para abolir não me causa nenhum espanto, ao contrário da Marta. Vou te dizer que se um vampirinho aparecer aqui em casa me oferecendo tudo que seus milhões podem comprar, eu não vou estender meu pescocinho não...mas se ele me garantisse um dia por semana só para mim, sem filho pra criar, processo para ler, voto para fazer, cardápio para pensar, marido para manter e casa para organizar, eu com certeza não ia usar minha gola rulê. A verdade é que essa coisa de dupla jornada já era cansativa, mas depois dos filhos, a dupla vira tripla e nem todas estão preparadas para segurar esse rojão. Posso garantir que eu não estava. A Revista Época de uns 15 dias atrás falava justamente sobre as mil dificuldades geradas pela visão da maternidade de forma idealizada. A mulher pensa que é só ter o filho e tudo será só alegrias, mas esquece que continua tendo que dar conta de todo resto e ainda criar o filhote, o que não é moleza! Bem, tudo isso não quer dizer que acho ótimo virar uma submissa completa de homem nenhum, longe de mim, mas eu bem que entendo o que o cansaço desta vida moderna pode fazer... A tendência do olhar feminino se voltar primeiro para o bolso do pretendente e depois para os seus predicados é uma realidade. Não é a toa. Quem vive uma vida escravizada pela necessidade do trabalho além de suas forças, em casa e no escritório, não curte a liberdade conquistada pelas feministas de outrora, nem sabe dar o devido valor ao seu livre arbítrio. Na verdade, nem quer saber o que isso significa. É triste, mas esse mundo capitalista está arrasando com o que há de mais feminino. Na prática, nós trabalhamos cada vez mais e temos cada vez menos tempo para o amor e para a maternidade...é uma pena, mas do jeito que a coisa vai continuo achando que a geração do Miguel vai ser uma geração de filhos únicos.

Tudo isso para dizer que os livros da série: "Crepúsculo", "Lua Nova", "Eclipse" e "Amanhecer, de Stephenie Meyer, são ótimos!! kkkkkkkk

Ops, desviei um pouquinho do tema...acho que estou tendo uma semana difícil...rsrsrsrs

Vale a pena ler os livros antes de ver o final nos cinemas, neste mês de novembro!

Segue o link para quem quiser conferir:


Bjs!

sábado, 13 de outubro de 2012

Para ser sincera...

Bom, não vale ler, meter o pau e depois fingir que não continuou lendo, né?! 
Então, para ser totalmente sincera aqui no blog, preciso abrir meu coração e contar que a curiosidade superou a indignação e acabei lendo a continuação do "Cinquenta tons de cinza"da autora E. L. James. Pelo menos não paguei nada por isso, já que os livros estão disponíveis na versão em inglês no 4shared. 
Vale dizer que a versão original já é bem melhor que a tradução no que diz respeito ao vocabulário utilizado...rsrsrsrs.
Lendo o "Cinquenta tons mais escuros"já deu para perceber porque o livro fez um sucesso danado com a mulherada... tudo que era só ultraje no primeiro livro, vira só esperança no segundo. Ele volta a procurá-la todo arrependido e disposto a ser um novo homem já nas primeiras páginas, ela por sua vez, tremendamente apaixonada, acha que tudo vai ser diferente e, para minha surpresa, não é que o sapo vira um príncipe? No terceiro livro, "cinquenta tons de liberdade", que será lançado em português apenas dia 15/11, até eu já estava meio apaixonadinha pelo Christian Grey...apesar de continuar achando que ele era meio safadinho demais para mim...kkkkkkkkkk.
O fato é que a chave do sucesso, sem dúvida, foi a mistura do amor bandido com a redenção pela mudança definitiva e radical ao fim da trilogia. Afinal, qual a mulher que nunca pensou que seria capaz de mudar um homem? tá, a gente pode até saber que "ninguém muda ninguém", mas quem nunca sonhou que o sapo virasse um príncipe do dia para noite? e tem coisa mais lisonjeira do que um homem dizer que seria capaz de mudar tudo só por amor a uma mulher? Não existe mulher na face da Terra que não fique caidinha por um homem capaz de mudar radicalmente por ela. Principalmente se ele for podre de rico e der um audi de presente de aniversário...kkkkkkkkk
Sério, a continuação me fez rir muito, tudo que achei horrível no primeiro livro, ficou bem melhor nos próximos, mas o mais interessante, realmente, foi perceber que este livro demonstra tudo que a maioria da mulherada quer nos dias pós feminismo: um cara rico, que faça todas as suas vontades, super disposto a toda e qualquer mudança, capaz de transar todos os dias como se o mundo fosse acabar no dia seguinte,  que diga "querida, vc sabe que não precisa trabalhar..." e como declaração de amor te leve para a Europa no Iate dele... 

Não posso negar que quando li esta parte da lua de mel no iate imaginei o André cantando aquela música da propaganda do Kuat no Iate... ri muito nessa parte... quem não lembra pode acessar o video aqui, hilário!!


Bom, pelo menos agora eu entendi onde estava o ó do borogodó. 

Até a próxima!

sábado, 15 de setembro de 2012

Paris a la Hemingway!

Esta semana, depois do fiasco da última leitura, me atraquei por dois dias inteiros com o livro da Paula Mclain sobre o casal Hemingway na Paris do início do séc. XX: "Casados com Paris", editado pela Nova Fronteira. Aquele resumo da contracapa (que tem um nome, mas não to lembrando...) já demonstra que o livro mistura ficção e dados da própria autobiografia de Hemingway ("A moveable Feast"), cujo primeiro casamento é o objeto principal da narrativa. Todas as impressões da cidade e de seus personagens daquele momento específico de efervescência cultural são descritos pela primeira mulher de Ernest Hemingway, Hadley Richardson. O livro é um romance baseado na história do casal, mas o mais interessante é a vida louca que levavam em meio aos outros artistas, escritores, pintores, etc... naquele cenário maravilhoso que Paris continua sendo (embora deva confessar que prefiro Londres, mas isso fica para um outro post...).
Ela foi a primeira de muitas esposas que Hemingway teria ao longo da vida que, por sinal, terminou em suicídio, então, pode parecer que o livro vai ser extremamente dramático...mas não é. Ao contrário, é uma leitura leve, dá uma vontade louca de se mudar para Paris levando só um laptop e apreciar, muito bem acompanhada, as muitas facetas da cidade depois uma garrafa de champagne! O que a vida tem de bom, por lá, pode ser bem mais glamuroso. Não acredito que alguém possa passar a vida inteira no ritmo frenético de bebida, amor e farra noturna, o que deve ter algo a ver com as insatisfações que levaram ao suicídio do personagem principal, mas por um período até que seria muito bom! 
Ao mesmo tempo, o livro mostra como pode ser dura a vida de um escritor ainda no início da carreira em uma cidade cara, como já era Paris. Aborda as dificuldades relacionadas à moradia e ao sustento de uma família em um período de pós guerra, a dor moral de quem lutou ou vivenciou as perdas durante esse período. Talvez por ser algo tão distante da minha realidade (note que eu nem sabia que Hemingway lutou e depois cobriu como jornalista vários conflitos deste tipo), a guerra e seus efeitos sobre as pessoas sempre ganham um destaque maior na minha leitura, mesmo quando ela nem é o tema principal, como neste livro. Tenho um profundo respeito pela vida, ainda mais agora, depois de entender como ela é difícil de ser gerada...sempre imagino como deve ser impensável viver um tempo em que a vida de uma pessoa não signifique nada, a não ser um número a mais em milhões de mortos. A gente sempre fala da violência nos centros urbanos e da banalização da morte, mas isso com certeza não é a mesma coisa. Uma guerra deve causar um impacto coletivo que inviabiliza a normalidade por gerações, todos são afetados por ela, pelo peso que ela acarreta sobre a sociedade. 
Acho que esse contexto histórico também contribuiu para que naquele momento as pessoas buscassem loucamente um sentido para a vida, uma afirmação de felicidade e prazer em viver, através da bebida, das artes, do amor mais intenso, mais apaixonado possível, ainda que isso não fosse sustentável para sempre. Por outro lado, quem viveu num período assim deve saber que o "para sempre" não existe, então, melhor viver o momento.
O livro é ótimo e mesmo quando Hadley e Ernest se separam, o que já se esperava desde o início, fica um gostinho de quero mais, porque a autora faz parecer que aqueles foram os melhores anos da vida do casal. 
Como é apenas uma ficção, montada do ponto de vista da esposa, fofoqueira como sou, fiquei com muita vontade de ler a versão do próprio Hemingway sobre este período...já contei aqui que adoro uma biografia! 

Fica aqui a dica deste ótimo livro:


Agora, tenha em mente que depois de ler dá muita, mas muita vontade de ir a Paris! Se não tiver mais férias pela frente, como eu, tranque o cartão de crédito na gaveta até o ano que vem! Nesse meio tempo, ficamos com as fotos...olhar não tira pedaço e mata um pouquinho a vontade...rsrsrsrsrsrsrs





Au revoir!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Leitura pra lá de quente!

Férias pedem uma leitura diferente, relaxante, surpreendente e atrevida. Foi procurando uma aventura para as minhas férias que encontrei o "Cinquenta tons de cinza", romance da autora E. L. James, editado pela Intrínseca, neste ano. Li em formato digital, então, acho que é um pouco mais barato, ainda assim, que pena do meu rico dinheirinho empregado neste livro....rsrsrsrsrsrs. Tudo bem, ele prometia ser uma literatura erótica, promessa cumprida, mas quem disse que era um erótico voltado para o público feminino não entende nada de mulher. O romance começa bem, um encontro por acaso, vai evoluindo muito bem, com uma atração irresistível entre uma estudante e um empresário milionário, e quando chega lá pela metade fica bizarro. Dali em diante o assunto é só sadomasoquismo descrito nos mínimos detalhes em cenas repetitivas de degradação feminina. Sério, erótico seria ótimo, não tenho nada contra, tudo a favor! Nem se trata de mero preconceito contra formas alternativas de fugir da rotina na vida sexual de um casal, porque até aí tudo bem...mas violência doméstica, no estilo "vários tapinhas não doem"... ninguém merece! O pior de tudo é que o enredo parece ir pelo caminho do cara traumatizado que é violento porque teve uma causa traumática escondida no passado, mas que permanece escondida para o leitor até o final, já que isso fica totalmente no ar. A impressão que tive é que o livro tem um fim abrupto, sem mais nem menos, do modo menos empolgante, a parte "submissa" simplesmente decide que não tá afim de apanhar do "dominador" (agressor, do meu ponto de vista) e ponto final, literalmente. Talvez a sensação de história interrompida seja porque há outros 2 volumes da mesma autora ("Cinquenta tons mais escuros" e "Cinquenta tons de liberdade") que dão continuidade ao enredo. Pode até ser que lendo os demais as coisas façam mais sentido... se alguém aí tiver lido me conta se melhora, porque acho que fico por aqui mesmo. O fato é que minhas esperanças de um final redentor para as mais de 400 páginas de um vai não vai sem pé nem cabeça...foram por água abaixo. Depois de tantas tentativas de empolgar, o livro termina sendo um banho frio para a mulherada que, como eu, esperava um romance de verdade, recheado de cenas calientes, mas no contexto mais contemporâneo de uma relação entre homem e mulher, em bases de igualdade e respeito à integridade física dos envolvidos...pelo menos isso, né?!
Bem, na minha modesta opinião, a leitura não vale nem meus vinte e poucos Reais nela empregados, mas para quem curte o estilo tapas e beijos...pode ser bacana.

Vai ver sou apenas muito careta para ver alguma graça neste livro. 

OK, sou mesmo muito careta neste aspecto! Vou ter que admitir: fiquei horrorizada quando o mocinho virou um safadão no meio do livro!
kkkkkkkkkkk

Acho que vou ter que conviver com o fato de que sou muito, muito quadrada, para esse tipo de leitura. Pelo menos agora entendi porque tanto falatório sobre o livro, devia ter desconfiado...

Quem quiser conferir segue o link para maiores informações:


Até a próxima leitura!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Múltipla escolha" e o nosso livre arbítrio!

Sempre achei que esse negócio de livre arbítrio era meio complicado. Parece tudo muito bom, liberdade total, cada uma faz suas escolhas e pronto, do jeito que eu gosto, sem interferências, sem palpites de ninguém, cada um na sua! Só que a coisa foi se complicando...a gente vai lendo um pouquinho mais e vai passando dos 30, então, vai observando as consequências das próprias escolhas e um dia percebe que caiu no conto do vigário! Nesse dia é que percebe que o livre arbítrio só é livre mesmo na hora de decidir para que lado você vai, uma vez escolhido o rumo, as consequências daquela decisão são nossa responsabilidade e aí a liberdade encontra limites. A gente acha que casar é simples, que casa a hora que quiser, descasa quando quiser e ninguém tem nada a ver com isso. Esquece que quando decide dizer sim ao outro, assume um compromisso de tentar fazer a coisa dar certo, de compartilhar tudo, de decidir junto, de abrir mão de uma parcela da própria liberdade, de tolerar mais, de assumir um a família do outro e formar uma nova, de ver os mesmos amigos, viver os mesmos sonhos, até as antipatias do outro a gente acaba incorporando. A gente pensa que tem filhos a hora que quiser, faz com eles tudo que faria sem eles, que os cria como bem entender e ninguém tem nada a ver com isso. Esquece que dar a vida a alguém implica mudar imediatamente de prioridades, que durante algum tempo, o bem estar daquele ser tão indefeso depende unicamente de nós, pais e mães, que seremos os primeiros exemplos e referenciais daquela pessoa em formação. De repente, não mais que de repente, percebi que um monte de escolhas feitas nos últimos cinco anos já determinam meu futuro pelo menos nos próximos 10 anos, porque vou ter que arcar com as responsabilidades dessas escolhas, vou ter que fazer o melhor possível para dar conta dos deveres que vieram dessas escolhas (com relação ao marido e filho, acho que para o resto da vida!...rsrsrsrsrs). Não que isso seja ruim. Só requer um pouco de atenção para viver com coerência as cenas dos próximos capítulos.  Lendo o livro  "Múltipla Escolha"da Lya Luft, editado pela Record, pensei o tempo todo em como é importante assumir nossas escolhas, nos pautar por elas, lembrar e renovar as escolhas certas todos os dias. O livro fala de mitos da nossa sociedade que nós simplesmente vestimos sem pensar se eles nos caem bem, se realmente traduzem nossa vida. Como sempre, a autora escreve muito bem sobre o passar do tempo, sobre o envelhecimento, mas também sobre maternidade, amizade, sofrimento, mas, principalmente, sobre a nossa postura diante dos fatos da vida. Às vezes, escuto dizer que a felicidade não é desse mundo. Lendo o livro tive certeza de que é sim. Entre redes sociais, às vezes escuto dizer que a felicidade ficou artificial, que ninguém é tão feliz nem tão bonito quanto aparenta no facebook...ouso discordar. Todo mundo tem momentos difíceis, mas nem todo mundo deixa que as dificuldades se transformem no centro da sua vida. A felicidade é um estado de espírito, dizem, mas é antes de tudo uma escolha. Cada um escolhe ser feliz ou não. Não adianta olhar para o hoje, fruto de tudo que já fizemos ao longo de anos, pensando que o melhor da vida ficou para trás. Não adianta olhar para o corpo de hoje pensando que bom mesmo era aquele dos meus vinte anos. Assim, como não adianta estar num relacionamento pensando como seria bom poder decidir tudo por si mesmo, fazer o que tivesse vontade, como quando era solteira. É uma ilusão achar que a liberdade, a beleza, a disposição da juventude nos fariam mais felizes. Esse mito para mim é o pior de todos: o de que só se é feliz quando jovem. Na minha opinião, o livro já valeria a pena a leitura só pelo capítulo que aborda esse mito da "gloriosa juventude". A autora mostra como uma frase tão comum "fulana tem espírito jovem" traz em si mesma um significado que não tem razão de ser, por que uma pessoa mais velha precisa de espírito jovem? A idade traz tantas coisas boas, especialmente ao espírito, diga-se de passagem, por que alguém quer elogiar o outro dizendo que apesar da idade seu espírito é jovem?? Nunca tinha parado para pensar nisso...mas acho que ela tem toda razão. E como é cruel para as mulheres, principalmente, as mães, ter que correr atrás do tempo, como se estivesse na esteira da academia, correndo, fazendo ginástica, plástica, dieta, escova progressiva, tudo para ficar no mesmo lugar, porque a passagem do tempo é inexorável. É preciso estar bem consigo mesma, se gostar, mas também é fundamental usar o bom senso para entender quando a preocupação com a aparência está suplantando coisas que deveriam ser mais importantes...Um profissional, antes de mais nada, tem que ser competente, dedicado ao trabalho, comprometido, mesmo que não esteja sempre lindamente vestido. Uma mãe tem que ser presente, estar com os filhos, curtir momentos de lazer, proporcionar segurança nos momentos difíceis, cuidar da saúde física e emocional deles, amar os filhos acima de tudo e de todos, mesmo que não dê tempo de ir à academia ou ao salão de beleza quando forem pequenos. O livro me fez pensar que preciso ser mais feliz com as escolhas que fiz, ver o que cada fase da vida tem de bom, continuar tentando aproveitar o presente, fazer o bem em todas as oportunidades que aparecerem e naquilo que hoje não me faz bem tentar escolher melhor daqui para frente. A vida se repete, as escolhas nunca cessam e cabe só a cada um de nós se ver livre desses mitos abordados pelo livro e ser feliz com o que fez da própria vida. Qual o sentido de remoer as escolhas erradas? Melhor seguir em frente e usar melhor o livre arbítrio no futuro...vivendo plenamente cada etapa da vida. 

Boas escolhas para todos nós!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Os dilemas de mãe!

Este mês encarei o primeiro dilema da maternidade: a volta ao trabalho! Depois de uma licença de seis meses, vivendo só em função da maternidade, me sentia dividida entre a vontade de tirar férias, prolongando minha estadia em casa, e a sensação de que precisava urgentemente da minha vida de volta, inclusive, a profissional, como quem precisa de ar para respirar e continuar vivendo!!! Em meio à minha dúvida, a vida se encarregou de decidir e acabei tendo que voltar mesmo e deixar as férias para outro momento...para não ter que antecipar a entrada na creche, lá foi Miguel para a casa da vovó! (Sorte minha e dele que sempre podemos contar com ela! Obrigada, mãe!!!) Agora que alguns dias já passaram, me sinto mais livre, menos culpada, meu lado prático e racional lutando para prevalecer sobre o emocional. Não é fácil para ninguém...mas não posso deixar de pensar que sou uma privilegiada. Tenho um emprego com estabilidade, com colegas de trabalho atenciosos, em um lugar ótimo, perto de casa, perto do trabalho do marido, tenho o lugar mais seguro do mundo para deixar meu filhote, sei que ele estará super bem cuidado enquanto estiver fora...enfim, tudo me ajuda nesse retorno. E aquelas mães que voltam ao trabalho sem nem saber se terão seu emprego conservado nessa fase difícil do primeiro ano? que não têm absolutamente nenhuma compreensão por parte de um chefe ou colega de trabalho? que precisam cumprir jornadas extenuantes e voltar para casa com tudo ainda por fazer? que deixam seus filhos em creches públicas que melhor seriam definidas como depósitos de crianças? que não podem contar com uma rede de apoio como a minha? pior: aquelas que têm seus filhos sozinhas, abandonadas pelo companheiro ou viúvas? A opção entre carreira ou maternidade em tempo integral é um luxo. E aquelas que não podem se dar ao luxo de escolher? Torço para que as próximas gerações tenham mais opções, para que o mercado de trabalho seja mais flexível para as que como eu desejam conciliar a vida que escolheram com a maternidade planejada com tanto carinho...mas sobretudo torço por estas mulheres que hoje precisam encarar dilemas tão mais complicados do que o meu, rezo para que seus filhos cresçam saudáveis, se sentindo muito amados, como toda criança merece ser! Esta semana no Mulheres 7x7 há um comentário justamente sobre as mães que optam por reduzir seu tempo de licença em função de uma carreira promissora, de oportunidades de trabalho muito desafiadoras, e são sempre muito criticadas de um jeito ou de outro. É um outro olhar sobre um mesmo problema: como conciliar nossas atividades pré-maternidade com todos os deveres que virão com os filhos. É fato que, mesmo optando por reduzir a licença e coninuar tentando se dedicar ao máximo ao trabalho, as mulheres sempre vão sentir que precisam abrir mão de alguma coisa pelos filhos. A sociedade nos cobra, o marido cobra, os filhos crescem e cobrarão também...e a gente fica nesse cabo de guerra, puxando para um lado ou para o outro, na direção que manda a intuição!
No meio desse turbilhão, quando chego na casa da mamãe e pego o Miguel, ainda acredito que, com a pessoa certa ao seu lado, é possível dividir tarefas e somar projetos!
Deixo o link para quem quiser conferir o texto de Ruth de Aquino!

http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/07/23/o-castigo-maternidade/

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Lendo no IPad!

Este ano ganhei meu primeiro presente de dia das mães: um IPad! Eu já estava querendo há algum tempo, dei sorte do sogrinho viajar bem quando seria lançada uma versão nova, então, acabei ganhando (imagina se o André ia arriscar me dar um presente de dia das mães sem uma dica! Melhor providenciar o que eu declaradamente já queria! Assim, não tinha como errar!).
A idéia de andar por aí com um treco que me permitiria entrar na internet, acessar email, ler os recados no face e ainda postar minhas andanças pelo twitter, tudo numa tela bem melhor que a do meu IPhone, já me parecia bem atraente...mas depois que ganhei pensei em explorar um pouco mais o potencial da minha novidade, comecei a baixar uns livros básicos pela internet, desses de domínio público mesmo.
No começo, confesso que estava muito cética, achava que nada no mundo poderia se comparar à sensação de virar página por página de um bom livro...ai, o cheirinho do livro, sabe, aquele misto de papel com poeira, pode até ter um mofinho (se for emprestado do duplex da minha mãe, certamente, vai ter uns ácaros), por mim, tudo bem... Sorte não ser alérgica!
Depois de alguns momentos de leitura neste novo amigo, não mudei totalmente de idéia, mas reconheço que é muito prático ler um bom livro naquela coisinha bem fina, deitada no sofá, fazendo uma pequena pausa para mandar um email para uma amiga, responder uma mensagem da irmã, etc... Agora, a maior vantagem é, sem dúvida, ler um texto com a possibilidade de procurar imediatamente uma informação sobre aquele assunto na internet, sem nem sair da minha confortável poltrona da sala. Isso tornou o texto muito mais rico para mim! Cada dúvida pode ser sanada imediatamente! 
Além disso, pense no espaço que isso pode economizar! Meus livros da faculdade ocupam uma estante enorme no meu quarto de empregada (foram despejados depois da pequena mudança que fez surgir o quarto do Miguel e transformou o quarto de TV em creche e escritório também...que confusão no meu feng shui!!) Já pensou, seu eu pudesse me ver livre de toda aquela estante?? Sobraria espaço para bicicleta, máquina de secar roupas, prancha de surf...será que meu filho vai querer uma?! Espero que não.
Na cozinha, só dá ele! Livro de receita? Não tem mais vez... Com mil sites de culinária, é tão fácil procurar a receita na internet e simplesmente fazer com o IPad ali do meu ladinho...o único problema é que ele já quase foi batizado com claras por duas vezes. Se fizer isso em casa, tome cuidado! 
Bem, no final das contas, tenho que reconhecer: ler no IPad está sendo muito gostoso! De um jeito diferente, é verdade, mas mesmo assim, muito gostoso... Estou adorando a luminosidade da tela que me deixa mais livre daquela luminária na cama ou no sofá que incomoda qualquer um (tadinho do maridinho querendo dormir...), gosto de poder aumentar a letrinha a hora que quiser e até marcar o texto sem aquele iluminador amarelo horroroso (que mancha as camisas do André)! 
Enfim, o IPad fez sucesso por aqui! Os livros para download gratuito estão disponíveis em vários foruns, em que cada leitor disponibiliza seus e-books (basta colocar no google que aparece um montão). Na Apple store tem alguns e-books legais, mas tudo em inglês, o que for de domínio público pode ser baixado gratuitamente (baixei o Ana Karenina do Tolstoi, mas ainda não comecei!)
Para autores nacionais mais contemporâneos, acabei encontrando em uma propaganda de revista um site de conteúdo digital que gostei muito:  www.iba.com.br. Comprei um livro da Lya Luft, o "Múltipla Escolha", na versão e-book, para ver como funcionava. O pagamento por cartão de crédito é fácil e tranquilo, o processo de compra foi rápido, com confirmação por email que permite o download. Nada a reclamar! Para ler é preciso utilizar um aplicativo do próprio Iba, mas este também achei ótimo, tem até marcador de página cor de rosa, fofo! Neste site há revistas e jornais com assinatura para IPad, mas estes ainda não testei...
Na seara espírita, o site da FEB disponibiliza as obras de Kardec em arquivo digital que também já baixei para facilitar a consulta :)
Depois de assistir ao filme Nosso Lar, eu estava mesmo querendo reler a coleção do André Luiz, então, fiz a busca no google e encontrei um forum com o arquivo digital, foi aí que percebi como é bom ter essa possibilidade de consultar vários textos ao mesmo tempo: ler o Nosso Lar consultando o livro dos espíritos de vez em quando foi bacana... (acabei de lembrar que não comentei esse livro por aqui...sorry! Vou comentar em breve!!)
Se alguém aí conhecer algum outro site com bom conteúdo digital, por favor, socializa! 
De resto, é seguir lendo... agora estou no meio do "Múltipla Escolha", já, já, comento por aqui também!
Até mais!





domingo, 17 de junho de 2012

Desabafo de uma consumidora!

Esta semana quero recomendar a leitura de um comentário feito em outro blog!  O tema é o direito do consumidor, melhor dizendo, o total desrespeito a este...o que por si só já merece atenção, afinal, somos todos consumidores! E sendo um texto sobre tema interessante, tá valendo né?!

Adoro o blog da Revista Época chamado "mulheres 7x7" e hoje foi publicado o desabafo de uma consumidora que, como eu, também conserva sua capacidade de indignação diante do reiterado desrespeito dos prestadores de serviços no Brasil.

Vivemos diariamente momentos de absoluto descaso por parte de empresas que deveriam nos proporcionar confortos pelos quais pagamos preços extorsivos, se comparados à realidade de outros países. 

Quem já não viveu a angústia de discutir durante horas ao telefone uma cobrança indevida da empresa de telefonia? Quem já não teve um canal suprimido, sem maiores explicações, de sua programação de TV por assinatura? Quem já não teve que discutir a cobertura do plano de saúde enquanto tinha um parente em situação grave internado em um hospital? Quem já não comprou um aparelho eletrônico com um defeito que a assistência técnica não consegue reparar, mesmo depois de várias idas e vindas? Quem já não se aborreceu com uma seguradora, qualquer que seja o bem em questão? Quem nunca viu uma cobrança indevida no seu extrato bancário??

Quem nunca viveu essas situações que atire a primeira pedra, mas como eu já vivi todas elas, posso falar que virei ainda mais fã do blog depois do comentário desta semana! Precisamos utilizar todos os espaços disponíveis em todas as mídias existentes para reclamar, cobrar, exigir e expor à luz do sol problemas que todos vivem entre as paredes de suas casas... Até porque estas empresas que não investem um centavo para melhorar o seu SAC ou a prestação do serviço, investem milhões em propaganda justamente nestas mesmas mídias, onde um segundo pode sair bem caro!

Devo confessar que de todos os problemas que já vivi como consumidora, o mais doloroso (e por isso inesquecível) aconteceu quando meu avô estava internado e tivemos a maior dificuldade para conseguir que a Unimed autorizasse uma sessão de hemodiálise na UTI, já que seria necessário levar até ele uma máquina especial que o hospital não tinha naquele momento e o plano alegava que não poderia providenciar com urgência. No mesmo ano, a Unimed manteve o contrato de patrocínio com o clube de futebol do Fluminense e inaugurou um luxuoso camarote para as celebridades cariocas curtirem o carnaval na Sapucaí, o que foi amplamente veiculado na mídia. Isso porque se trata de uma associação de médicos cuja finalidade principal nem deveria ser o lucro... Toda vez que olhava uma camisa do fluminense lembrava do meu avô no hospital e me dava muita raiva pensar que o plano não tinha autorizado um tratamento que nem era tão complicado assim! 

O que eu fiz com todo esse sentimento negativo? Nada. Ele só fez mal a mim mesma. 

Na verdade, de todos esses problemas só um desencadeou um processo no Juizado Especial, mas, sinceramente, não me sinto nem um pouco confortável em ter deixado pra lá todos os demais! Sempre que possível, agora, eu reclamo por todos os meios possíveis! Mando email para ouvidorias, ligo para a agência reguladora, formalizo uma reclamação no site... mesmo quando sei que não vai dar em nada...

Recentemente, descobri o reclameaqui.com.br e tenho usado muito o site! Eu reclamo mesmo!! Depois, faço questão de divulgar o site nas redes sociais, para que todos os amigos saibam do problema e vejam outros fornecedores campeões em reclamações! Se todos divulgarem a má prestação de serviços e falta de fiscalização por parte dos órgãos federais, estaduais e municipais competentes, alguma hora isso vai surtir um efeito...acredito muito naquela máxima da união faz a força!

Por isso, também faço questão de divulgar o desabafo que li no "Mulheres 7x7". A gente não pode perder a capacidade de se solidarizar com o outro, de ouvir suas histórias e tentar se colocar no lugar dele, porque é isso que nos faz humanos. 

Fica a dica!

Acessa aqui:


http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/06/17/servicos-ineficientes-o-desabafo-de-uma-idiota/

terça-feira, 12 de junho de 2012

Parabéns pra nós!!!


Niver atrasadíssimo!!

Parabéns pra nós!! Quem esquece o niver do próprio blog?! eu, né?! tinha que ser eu.....hahahahaha

No dia 04/05/2012 completamos um ano de blog!

Em meio a fraldas, chupetas e mamadeiras, o niver do escritoselidos passou literalmente em branco...eu esqueci mesmo! No dia 04/05 estava atolada em mil preparativos para o batizado do Miguel e para o dia das mães na semana seguinte! Vida de mãe é só renúncia mesmo...mal lembramos de nós mesmas...
Sim, porque o blog já é parte de mim! Talvez a melhor parte, porque não precisa lutar contra a balança, não liga para a aparência e finge que ninguém tá vendo gafes e erros de ortografia...assim, me deixa bem à vontade para ser e escrever tudo que quiser, pensando: ninguém além de mim vai se dar ao trabalho de ler isso...
Quando escrevo o post prolongo o ato da leitura e finjo que o livro nunca termina, afinal, ele fica lembrado aqui no blog para sempre!
Curto muito a coincidência de ter parido o blog exatamente na mesma época em que devo ter engravidado do Miguel...gosto de fantasiar sobre ele lendo meus escritos para me conhecer melhor, fico tentando imaginar o que ele vai achar deste ou daquele post, deste ou daquele livro...se é que vai gostar de ler...se vai se dar ao trabalho de conferir uma dica de leitura postada em uma época longínqua para ele...acho que não...rsrsrsrsrsrs.
Pensando bem, acho que o aniversário do blog, sem querer, foi muito bem comemorado...o dia 04/05/2012 foi um dia memorável de cozinha, bate papo e muita alegria aqui em casa! Como era véspera do batizado do Miguel, lembro que rezei muito e pedi a Na. Sra. de Fátima que continuasse protegendo meu filhote, tão abençoado desde o dia em que nasceu!

Que a proteção dela se estenda também aos meus escritos e lidos, como a tudo que faço e tudo que sou, hoje e sempre!


 Olha eu lá em Fátima!! Nem parece, mas já faz 2 anos! 

                                                                Vontade de voltar!!! :)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Getting to Yes!!




Lendo hoje: Getting to Yes: Negotiating Agreement without giving in, Roger Fisher and William Ury, Penguin books, 3a. Edição, 2011.



Negociar é preciso. Fato. Todos os dias somos levados a negociar para obter quase tudo. Desde o melhor contrato para um cliente até o programa do dia dos namorados, tudo vem acompanhado de um processo de negociação. É desta premissa evidente que parte o livro que estou lendo. Já tinha ouvido falar dele nas aulas de métodos alternativos de solução de conflitos durante o mestrado na UERJ. Não li na época, porque afinal essa era uma disciplina de processo e o meu lance era o direito material mesmo...
Eis que alguns anos depois este livro literalmente invade minha humilde residência (rsrsrsrsrs...)
O André ganhou o livro durante algum evento de que participou no trabalho.
Coincidências não existem, nada é por acaso...então, lá fui eu ler, né? Afinal, o André está lendo a mesma biografia desde 2010, acho que dá tempo de ler antes dele resolver dar uma olhada.
O primeiro capítulo mostra como a negociação a partir de posições irredutíveis está fadada ao fracasso. Na verdade, os autores mostram o que eu intuitivamente sempre senti: quanto mais a gente tenta convencer o outro de que o nosso argumento é melhor, mais ele se confunde com o nosso ego, mais importante ele se torna para nós mesmos (vira questão de honra!), mais difícil se torna ceder um milímetro sequer, o que significa que ninguém chega a acordo algum!
Acho que já perdi a conta de quantas vezes a vida me colocou nesse duelo de egos...(será mesmo que foi a vida?)
Depois desse primeiro capítulo, fiquei convencida de que preciso ler este livro até o fim!
O segundo capítulo aponta um novo mecanismo de negociação, partindo não de posições contrapostas, mas de interesses a serem atendidos para que se possa alcançar um fim comum. Este método de negociação (desenvolvido em Harvard, by the way!) tem 4 elementos chaves:

  1. Separar as pessoas (negociadores) do problema.
  2. Focar nos interesses dos envolvidos
  3. Buscar múltiplas opções que atendam a ambas as partes, antes de tomar qualquer decisão.
  4. Traçar parâmetros objetivos a serem atendidos ao final da negociação.

Parece fácil, mas a seguir vem longos quatro capítulos para explicar como fazer isso! Os exemplos são super interessantes, ora aplicando as técnicas em conflitos conjugais, totalmente hipotéticos, ora expondo um outro lado de conflitos internacionais bastante conhecidos, que poderiam ter tido resultados diferentes. Na verdade, estas situações narradas e analisadas pelos autores são o melhor do livro! Afinal, falar de negociação em abstrato não tem a menor graça!
Destes 4 elementos, o que me pareceu mais importante é o primeiro, justamente, porque é onde reside minha maior dificuldade. Quantas vezes um conflito que poderia ter sido resolvido rapidamente acaba virando um problemão porque descamba para o lado pessoal, e aí, a solução fica impossível porque ceder seria se submeter ao adversário. Quantas vezes as situações na vida pessoal e profissional parecem se repetir... nos deparamos com um pai “tirano”, aprendemos a lidar com ele, vem um chefe “tirano”, aí muda o chefe, vem o namorado ou amigo “tirano” e, assim, a gente segue em frente vivenciando os mesmos conflitos, sem se dar conta de que poderia ser diferente se tivéssemos uma postura diferente diante da vida.
Antes de ler este livro, eu nunca tinha me dado conta de como eu mesma me coloco em litígios desnecessários. Fico pensando em mil argumentos, mil palavras, a entonação certa, a melhor abordagem, sempre para convencer o outro de que eu estou apontando a direção certa. Claro que muitas vezes o outro não se convence...pronto, é o quanto basta, já sinto aquele mal estar que abala qualquer relação, afinal ninguém gosta de ser contrariado! A partir dali, se alguém faz uma crítica já fico com o pé atrás, achando que foi uma direta para mim! E daí, qualquer conflito pequeno, mais dia, menos dia, vira uma questão de vida ou morte, pelo acúmulo de pequenas coisas, das quais ninguém nem se lembra mais. Só eu me lembro, porque levei para o lado pessoal, deixei o emocional se sobrepor ao racional, fiquei remoendo as diferenças, ao invés de enfatizar os objetivos comuns, identificar os interesses, buscar possíveis soluções de cabeça fria, sem despejar no outro minha carga emotiva, sem deixar o ego falar mais alto.
Lendo, revisitei antigas situações familiares e profissionais, em que eu poderia ter sido mais bem sucedida se tivesse seguido o método descrito no livro. No fundo, para aplicá-lo é preciso descer um pouco do salto e perceber que o orgulho é sempre péssimo conselheiro para qualquer uma das partes... quem está preocupado em falar mais alto não consegue escutar o outro e a falta de comunicação é o pior que pode acontecer em qualquer relação.
Depois de ler, estou chegando à conclusão de que o André, mesmo sem nunca ter lido, saca muito de negociação...aqui em casa, quando a coisa esquenta, ele é o primeiro a dizer: Calma! A gente conversa, a gente se entende!

O lema dele pode ser brega, mas funciona bem até em Harvard!

Vale a pena ler e tentar aplicar as técnicas do livro.

YES, WE CAN!!!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ainda sobre a transição planetária!

Dando sequência a outros posts em que já abordei o assunto transição planetária (que muito me interessa!!), esta semana escolhi comentar um romance espírita (que acabei de ler hoje) cujo enredo me surpreendeu muito por tratar deste tema de maneira mais suave, narrando uma série de encarnações de um espírito bastante adiantado intelectualmente, mas pra lá de atrasado no aspecto moral, motivo pelo qual acabou sendo exilado de seu mundo de origem: o planeta Capela.
obs: Mini flashback! Para quem não está lembrando ou nunca ouviu falar, Capela foi um planeta que passou exatamente pelo processo de transição de um mundo de provas e expiação para um mundo de regeneração - por que passamos hoje - quando a Terra não passava de um planeta muito primitivo, milhares de anos atrás. Não por acaso, os espíritos que já não poderiam reencarnar por lá, pelo seu atraso moral, incompatível com o planeta em estágio de regeneração, foram exilados para a Terra, com o objetivo de purgar seus débitos contribuindo para o adiantamento intelectual de povos ainda muito atrasados que por aqui viviam. Quem quiser se inteirar um pouco mais sobre a transformação de Capela e sua relação com o nosso planeta pode começar pelo livro "A Caminho da Luz", de Chico Xavier,  que explicava muito bem este processo de exílio e foi o pioneiro no que diz respeito à história do planeta Capela, pelo menos, foi o primeiro livro que li sobre o assunto.
Bem, tendo esse momento de transformação como pano de fundo, a dica de hoje é "Exilados por Amor", psicografia de Sandra Carneiro, pelo espírito Lucius, da editora Vivaluz. 
O romance é sobre o exílio de Ernesto, um espírito muito avançado intelectualmente, que se vê afastado de Capela e levado a sucessivas encarnações compulsórias na Terra, para resgate de inúmeros delitos gerados pelo mau uso de sua inteligência no campo da pesquisa genética. O livro aborda suas encarnações pelo Egito, Grécia e Jerusalém, exemplificando como a chegada de espíritos mais adiantados contribuiu para o avanço da civilização em cada momento histórico, avanço, este, que nem sempre foi acompanhado pelo necessário desenvolvimento de princípios morais e éticos, como pretendido pelo plano espiritual.
Todo o progresso de Ernesto é acompanhado de perto por Elvira, um espírito abnegado que se prontifica a acompanhá-lo em suas difíceis encarnações apenas para auxiliar o seu adiantamento moral, personificando o verdadeiro amor quando ele mais precisaria de apoio espiritual.
A terceira parte do livro é, de longe, a mais interessante, quando é narrada a sua encarnação em Jerusalém, como contemporâneo de Jesus Cristo, na pele de José de Arimatéia, um mercador muito rico, seguidor oculto de Jesus, que após a crucificação resolve vivenciar a sua fé abertamente, enfrentando a fúria do Sinédrio e a prisão pelos romanos. 
Eu não tinha a menor idéia de quem era esse personagem tão interessante na história de Jesus. Foi José de Arimatéia quem conseguiu a autorização de Pilatos para dar a Jesus um sepultamento digno, de acordo com os costumes da época, o que era incomum nos casos de criminosos crucificados. Em consequência deste gesto, acabou preso por exigência de Caifás, acusado de traição pelo povo Judeu, por reconhecer em Jesus o messias enviado por Deus. Depois de vários anos preso, é libertado sem nunca ter sido sequer julgado. Tendo todos os bens confiscados e sendo rejeitado pela família, voltou-se para o trabalho novamente como mercador, mas destinando a maior parte dos lucros aos apóstolos, aproveitando-se desta atividade para levar o Evangelho a terras distantes. 
Procurando na Wikipedia, o breve comentário confirma as informações do livro sobre a personagem: "José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateiacidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. Também conhecido como `Sanhedrin´, formava a suprema magistratura judaica. É venerado como santo católico no dia 31 de agosto. A Bíblia relata que ele era discípulo de Cristo, mesmo que secretamente (Joao 19:38). Segundo os evangelhos, José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. Era o dono do sepulcro onde Jesus Cristo, seu amigo, foi embalsamado, numa esplanada a cerca de 30 metros do local da crucificação e de onde ressuscitou três dias depois da morte. Após a retirada do corpo de Jesus, foi preso por seguir a doutrina dele; ficou muitos anos preso.Caifás queria que ele ficasse preso até morrer, mas como José era muito inteligente para negócios lucrativos , o governador depois de Pôncio Pilatos, conversou com os membros do Sinédrio e convenceu a soltá-lo; ambiciosos pelos lucros que ele traria, libertaram Arimateia. José de Arimateia além de trazer riquezas para a sua região, aproveitou as viagens para divulgar os ensinamentos de Jesus Cristo. Atribui-se também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido como Santo SudárioDe acordo com algumas lendas, José de Arimateia,teria ficado de posse do cálice da Santa Ceia, levando-o para a Europa. Este cálice ficou conhecido como o Santo Graal, tão mencionado nas Lendas Arturianas.".
O livro emociona muito, principalmente, por demonstrar que cada um tem o seu próprio tempo e ninguém pode alavancar o progresso do outro, mas também por deixar claro que o verdadeiro amor tudo suporta na espera pelo outro, de forma paciente e generosa, sem egoísmo ou cobranças...só transmitindo aquela paz de um abraço carinhoso. Quantas vezes, em meio às dificuldades, ficamos alheios a esse abraço que sempre nos envolve no amor de Jesus...quando leio esses livros me lembro que nunca estamos sós e isso me conforta tanto!
Vale a pena ler! Fica a dica para o fim de semana!
Bjs!!

domingo, 13 de maio de 2012

Hino ao amor cristão


Eu já ouvi e li este trecho de Paulo aos Coríntios inúmeras vezes! Acho lindo em todas as ocasiões! Fica lindo em casamento, fica maravilhoso na missa, enfim, fala ao nosso coração sempre! Dei uma lida esta semana, porque queria colocar no álbum do batizado do Miguel. Queria ser eu a levar a ele estas palavras sobre amor. Afinal, ele me fez entender do que isso realmente se trata... Fica minha homenagem ao maior amor do mundo, o mais próximo desse que Paulo nos ensina: o amor de mãe!

Hino ao amor cristão

“Eu poderia falar todas as línguas 
que são falas na Terra e até no céu, 
mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam 
como o som de um gongo 
ou como o barulho de um sino. 
Poderia ter o dom de anunciar 
mensagens de Deus, 
ter todo o conhecimento, 
entender todos os segredos 
e ter tanta fé, que até poderia tirar 
as montanhas do seu lugar, 
mas, se não tivesse amor, 
eu não seria nada. 
Poderia dar tudo que tenho
e até mesmo entregar o meu corpo
para ser queimado, 
mas, se não tivesse amor, 
isso não me adiantaria nada. 
Quem ama é paciente e bondoso,
Quem ama não é ciumento, 
nem orgulhoso, nem vaidoso. 
Quem ama não é grosseiro nem egoísta, 
não fica irritado, nem guarda mágoas. 
Quem ama não fica alegre quando alguém
 faz uma coisa errada, 
mas se alegra quando alguém 
faz o que é certo. 
Quem ama nunca desiste, 
porém suporta tudo com fé, esperança 
e paciência. 
O amor é eterno. 
Existem mensagens espirituais,
porém elas durarão pouco. 
Existe o dom de falar 
em línguas estranhas, 
mas acabará logo.
Existe o conhecimento, 
mas também terminará. 
Pois os nossos dons de conhecimento 
e as nossas mensagens espirituais 
são imperfeitos. 
Mas quando vier o que é perfeito, 
então o que é imperfeito desaparecerá. 
Quando eu era criança falava como criança, 
sentia como criança 
e pensava como criança. 
Agora que sou adulto, 
parei de agir como criança. 
O que agora vemos 
é como uma imagem imperfeita 
num espelho embaçado, 
mas depois veremos face a face.
Agora meu conhecimento é imperfeito, 
mas depois conhecerei perfeitamente,
 assim como sou conhecido por Deus. 
Portanto, agora existem 
estas três coisas: 
a fé, a esperança e o amor. 
Porém a maior delas é o amor.”

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dia das mães!!


Vou logo avisando: este post é para quem está pensando ou está em vias de se tornar mamãe! Na verdade, acho que ele é sobre como eu me tornei mãe... Não, ele é sobre o que eu li enquanto me tornava mãe...sei lá, acho que será sobre isso...vamos ver no que dá!
Assim que comecei a pensar em engravidar, há cerca de um ano, deu aquele friozinho na barriga, aquele medo de não ter em mim um requisito essencial, de ter um instinto maternal defeituoso ou, pior, não ter nenhum! E, impulsionada pelo medo de ser uma péssima mãe, pela dúvida se queria mesmo ser mãe, sem saber exatamente o que isso significaria para o meu relacionamento conjugal, o que essa nova condição me traria de mudanças nos próximos meses...lá fui eu para o caminho de Santiago, pensar questões e dúvidas sobre um destino que já estava traçado: afinal, eu já estava grávida!
Uma vez lá, relaxei, curti minhas primeiras estranhas sensações, comi o que quis, vi tudo que pude, andei o que meus pés aguentaram, bebi toda a água da Espanha, rezei como nunca e, quem diria, aprendi a amar!
Voltei disposta a fazer tudo certo, descobri em mim uma vontade enorme de ter esse filho, de curtir minha gravidez ao máximo (sei lá se vai existir outra...), de cuidar melhor de mim e desse pequeno ser que já era parte de mim!
Esse desejo me levou à livraria (depois do médico, claro!): “tem livro sobre gravidez?”
O rapaz me olhou de esguelha e chamou uma colega: “Tipo um manual? Tem, sim”
Sim, comprei um manual mesmo, dizendo como funciona o corpo feminino a cada etapa da gravidez...fui lendo obsessivamente a cada dia, semana, mês...foi muito bom poder acompanhar cada mudança e saber que era tudo normal! Nos primeiros meses, só lia isso: “A Gravidez dia-a-dia” da Dra. Maggie Blott (organizadora), tradução de Renata Bottini, SP: pela Editora Senac, 2010.
Depois, achei o já manjado: “O que esperar quando você está esperando”, Heidi Murkoff, Arlene Eisemberg e Sandee Hathaway, traduzido pelo Paulo Fróes, RJ:Record, 2011. Esse é bem mais detalhado...explica alguns quadros clínicos que podem ocorrer, o que os exames podem detectar, remédios e alimentos que devem ser evitados etc...muito, muito bom! Especialmente, para quem tem alguma condição específica, como a pressão alta ou diabetes, porque ele te ajuda a tirar algumas dúvidas bobas sem ter que ligar para o médico a toda hora. Eu, pelo menos, não queria ligar pro médico a cada vez que tinha um ataque de paranóia. Dava uma lida no capítulo correspondente ao meu estágio e levava para o médico, no dia da consulta, só as dúvidas insanáveis...
No oitavo mês, em meio a uma situação de emergência, nasceu o Miguel!
Vários dias na UTI me mostraram a dor e a delícia da maternidade...
Para estes dias, só lia mesmo o “evangelho segundo o espiritismo”, mesmo assim, mais chorava do que lia...
Depois, com o Miguel em casa a salvo de qualquer problema, ficou só a delícia! Nesse primeiro mês ganhei da prima Teresa um livro chamado “Nossos filhos são espíritos” de Hermínio C. Miranda, SP:Editora 3 de outubro, 2010, 11a. Edição.
Foi o livro certo na hora certa!
Me ajudou a compreender melhor o momento de prova que passamos juntos, a confiar na providência divina e a amar ainda mais meu filhote, ficando juntinho dele para o que der e vier, e, principalmente, rezando muito por ele. Afinal, por mais que o ame, ele é um ser com sua própria bagagem, com um destino que eu não posso controlar, com seus compromissos e tarefas que só ele pode realizar, com todo um passado que me antecede e que eu não posso sequer imaginar...
Neste primeiro dia das mães, é ele meu maior presente, sua saúde a minha maior benção, seu sorriso minha maior alegria!
Para aquelas que, como eu, ficam na dúvida, com mil medos e aflições, posso garantir que tudo passa...na hora do chorinho, do colinho, da amamentação, quem tem tempo para dúvidas?! A maternidade se aprende no dia-a-dia, com muito conselho de vó, amor em altas doses e muita, muita fé!
Para todas as mamães, dedico as flores, dou meu abraço mais apertado e desejo sinceramente um feliz dia das mães no próximo domingo!!!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Leitura do feriado!

Este feriado foi tudo de bom! 

Marido em casa+chuvinha+bebê dormindo=leitura gostosa!

Como tinha que ser algo que eu pudesse começar e terminar num fim de semana, optei pelo romance espírita emprestado pela minha amiga Bete. Afinal, ela não tinha pressa na devolução, mas convém não abusar, já que sou membro de carteirinha da biblioteca dela...já pensou se ela corta meu cadastro por atraso na entrega?!

Assim, me atraquei com o livro: "A Noiva", psicografado por Jairo Avellar, ditado pelo espírito Elizabeth D'esperance, MG:Editora Itapuã, 2010.



Vamos combinar que eu adoro um casamento, então, o título e a capa já eram bem atraentes para mim... rsrsrsrsrs.

O enredo se desenvolve tendo como pano de fundo o início do séc. XX, quando o espiritismo começou a ser divulgado por aqui. A trama envolve um grupo de espíritos que se comprometeram uns com os outros na Inglaterra do séc. XIII e, tendo falhado em meio à nobreza, são enviados ao Brasil para um recomeço longe das memórias dos desatinos cometidos. Os personagens principais são figuras históricas conhecidas, reis e rainhas daquele tempo, cuja biografia é facilmente conferida até na Wikipedia, o que eu acho muito bacana!

Saber que as relações ali descritas foram vividas por personagens de que todos já ouvimos falar, nos faz repensar muitas opiniões e noções pré concebidas, pois constatamos o quanto a história que conhecemos é parcial quando contada apenas pela parte "vencedora" ou dominante em certo momento.

Justamente por se tratar de comprometimentos muito sérios, envolvendo assassinatos e conspirações pelo poder na corte inglesa, o livro aborda duas questões centrais que são: a vaidade e a obsessão. Primeiro, explicando como a vaidade e a sede pelo poder pode levar o ser humano ao que há de mais degradante que é o desrespeito à própria vida; depois, demonstrando que o efeito desse comportamento nos leva quase sempre a uma consciência culpada e ao resgate através da dor.

A bem da verdade, para os que como eu adoram um casório, no fim das contas a noiva deixa de ser noiva e dá uma certa tristeza ver que não vai ter casamento nenhum para a coitadinha...mas apesar disso ela dá uma bela lição de moral quando assume que o seu momento não é mesmo para romance e deixa o outro livre para ser feliz. Afinal, quem ama liberta, certo? 

O livro faz refletir muito sobre essa verdadeira fogueira de vaidades que se tornou até mesmo o momento da união de um casal...será mesmo necessário tanta "Pompa e circunstância"?! O início da vida a dois não deveria ser um momento de intimidade, carinho e oração pelos noivos? Será preciso um banquete para mil conhecidos bebendo até cair para celebrar o amor entre duas pessoas? Quem já não saiu de um casamento vendo até a noiva ser carregada? Adoro um vinho branco, um rosé, um vinho do Porto, um espumante, uma caipirinha, então, nem se fala... mas nem por isso saio por aí perdendo a linha em qualquer ocasião. O excesso de bebida, por ser deselegante, deixa péssimas recordações de qualquer festa e pode oferecer a oportunidade que faltava para o início de um processo bastante complicado de reverter, como a obsessão.

Cada um na sua, nada contra a bebida alcoólica em geral, mas, na dúvida, depois desse livro, prefiro beber com moderação...nunca se sabe o que andei fazendo em outras vidas!

Fica minha dica para uma leitura rapidinha de feriado! Quando será o próximo???

bjs!

terça-feira, 27 de março de 2012

SAUDADES!!!

Ai, que saudade de postar no blog!! Neste ano ainda não tinha conseguido postar nada! Quase tanta saudade quanto sinto do tempo em que efetivamente lia alguma coisa...mas há uma luz no fim do túnel! Agora que o Miguel já está com quase 3 meses e dorme quase a noite inteira (note a esperança contida neste quase! rsrsrsrsr) Começo a preparar meu primeiro post pós gravidez, claro, sobre livros lidos durante a experiência gravídica! Não que alguma leitura me pudesse preparar completamente para o que viria com a chegada deste primeiro rebento, mas quem sabe alguém aí tá pensando no assunto...uma leitura sobre o tema sempre ajuda! 

Bem, enquanto não termino o primeiro post de verdade do ano de 2012, assim, só para matar a saudade, compartilho a notícia do Blog Ciência Maluca no site da super interessante! Claro que adorei saber disso!!

http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/pessoas-que-leem-sao-mais-legais/






"Pesquisadores da Universidade de Washington e Lee (EUA) constataram esse efeito com um teste bem simples: colocaram voluntários para ler uma história bem curtinha, fizeram algumas perguntas para identificar o quanto cada um tinha curtido o que leu e aí derrubaram, sem querer querendo, um monte de canetas no chão. O estudo conta que, quanto mais “transportadas” para dentro da história as pessoas tinham sido, maiores eram as chances de levantarem o bumbum da cadeira para ajudar a recolher as canetas.
A explicação é que quando lemos algo que realmente mexe com a gente, criamos empatia pelos personagens da história — e quanto maior essa empatia, mais propenso a gente fica a ser bacana com os outros na vida real. E você aí, anda lendo muito?"

Esse Blog da Ciência Maluca é um barato e tem RSS, assina lá e fique por dentro dessas pesquisas e curiosidades que são super divertidas!

Bjs!!!