terça-feira, 10 de setembro de 2019

Tua primavera!

O segundo elemento é solar,
ele ilumina o meu caminhar!
Teu riso é trilha sonora
enquanto sigo estrada à fora.

A história favorita vira brincadeira
que se repete todo dia,
porque o sonho não dá canseira
e a barriga dói de tanta zoeira...

Iluminada decisão: trazer pra roda um irmão!
Ter para quem dar a mão,
Te trazer comigo para o olho do furacão...
Sem nem saber que seria você nosso elo de união.

Meu segundo menino,
A ponta que faltava nesse quadrado,
deixa tudo de cabeça pra baixo,
de um jeito tão engraçado!

Impossível de dar bronca,
que cara mais sonsa!
Marrentinho da mamãe,
Dá cá mais um uma bitoca!

É setembro outra vez,
cresceu mais um pouco!
Comemora-se tudo outra vez,
celebrando a tua chegada,
Trazendo ao meu coração de mãe a tua primavera.

Porque até a raiva tem utilidade!

Se tem um tema que eu sempre tive certa dificuldade em lidar é a raiva. 

Primeiro, porque sempre achei que ter raiva era um sinal de atraso, uma coisa ruim mesmo.

Segundo, porque quando me bate a raiva, ela vem em forma de explosão incontrolável e, normalmente, se espalha ao meu redor.

E, por fim, porque ela tem o péssimo hábito de ficar em mim, como hóspede indesejado, incomodando...

A gente medita, né?

Tenta transcender...mas sem realmente entender de onde ela veio e a que veio, sei por experiência própria, fica difícil se despedir dela.

E a raiva mal resolvida fica ali adormecida em forma de mágoa, um peso desnecessário nessa vida já tão atribulada.

O caminho fica tão mais leve se buscamos nos compreender. Amorosamente observar: qual o aprendizado que esse sentimento veio trazer nesse momento?

Cada inconveniente ou discussão que nos desperta a raiva também pode servir de instrumento para o nosso autoconhecimento, tão necessário para nos livrarmos dela mais tarde.

É impossível não sentir raiva em nenhum momento do dia ou da vida, numa perspectiva maior, porque criamos tantas expectativas e a perfeição não é desse mundo, né? 

Lidar com as frustrações sem se abalar é o desafio máximo para qualquer pessoa.

Agora, é possível aceitar o sentimento, sentir a tal da raiva mesmo, deixar explodir e observar o que causou essa sensação para, então, fazer alguma coisa a respeito do que nos incomoda verdadeiramente.

Fazer da raiva um processo de descoberta e o início de uma grande mudança não parece tão ruim.

Até o ser humano mais pacífico do mundo, Gandhi, sentia raiva e sabia também como utilizá-la em seu proveito, como força para o progresso.

Lendo esse livro "A Virtude da Raiva" de Arun Gandhi, neto do eterno pacifista, publicado pela Sextante, resta uma conclusão maravilhosa: nem sempre a raiva é uma coisa ruim, a ser negada ou esmagada como um incômodo mosquito a perturbar a sua paz.

Se é pra sentir raiva, que seja em toda sua plenitude, aproveitando a força que vem dela para um impulso transformador daquilo que aparentemente vc nem sabia que te incomodava tanto...mas incomoda sim!

A visão de um neto rebelde e impulsivo sobre um avô pra lá de manso e pacífico que o ensina a lidar com toda a raiva de forma produtiva é um caminho para qualquer pessoa lidar com as próprias contradições, com seus próprios inconformismos, para chegar a uma versão melhor de si mesmo.

Acho, agora, que a raiva vai existir sempre e que evoluir não é sentir só alegria o tempo todo, mas saber reconhecer e transformar algo tão à flor da pele em força a ser empregada positivamente na nossa vida.

Aceitar, falar sobre ela, transformar em impulso para uma atitude diferente, são ações que podem fazer da raiva uma virtude.

Esse me pareceu um bom livro para buscar nessa semana em que a raiva parece tão intensa de qualquer ângulo que se olhe a situação...e justamente em meio a um ambiente tão transformador, como a Bienal do Livro sempre foi (e sempre será). 

É preciso um certo esforço para não simplesmente reagir, mas racionalizar o sentimento e ver como podemos fazer disso uma coisa positiva.  Embora não seja o mais fácil, é um caminho para retomar o diálogo...enquanto estamos só reagindo inflamadamente a tudo de errado que nos cerca parece que não conseguimos sair desse sentimento negativo instalado no inconsciente coletivo.

Precisamos fazer da indignação um mecanismo, um instrumento, não um limitador que nos isole e impeça de continuar se relacionando nesse mundo...

Já que não se pode viver sem sentir raiva, melhor tentar fazer dela uma aliada. #fica_a_dica


                                      




quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Conectados...e como isso pode ser bom!

Esse é o primeiro post deste ano (vergonha!)

Mas eu posso explicar o porquê.

Em 2018, eu tive um ano atribulado...desses que passam e a gente fez tudo no piloto automático, sabe? E lá pelo fim do ano decidi tudo que não queria mais e estabeleci algumas metas, como todo mundo faz, para o ano seguinte e comecei a correr atrás delas!

Tudo envolvendo o propósito de viver mais intensamente, com mais prazer, me dedicando ao trabalho que gosto de realizar, mas buscando novas oportunidades de aprendizado na carreira que escolhi, dividindo melhor o meu tempo, aproveitando com mais qualidade o tempo com os filhos, mas encontrando o tempo que precisava para mim, para ver os amigos, saber deles, me doar a quem eu admiro, com quem queria conviver mais, fazer viagens que sonhava há tempos...cuidar da minha aparência, pintar o cabelo, ouvir minha nova música favorita, enfim, fazer o que me desse vontade sem ter a menor preocupação com o olhar crítico externo.

E aí veio 2019: com trabalho em um lugar novo, totalmente diferente do que eu imaginava, tão leve que me permitiu muito mais do que pensava; veio uma amiga de infância estreitar nossos laços novamente, me levando para conhecer a dança do ventre, me curando com suas sessões de barras de acess; veio um convite por whatsapp de uma terapeuta e amiga para ir para o Egito relembrar um conhecimento adquirido lá há tantas vidas; veio uma amiga nova me falar sobre tethahealing; veio um livro me explicar o que, afinal de contas, estava acontecendo nesse ano...em que um acontecimento ia emendando no outro, como se respondessem aos meus anseios.

O livro "A Matriz Divina" do Gregg Braden foi recomendado por uma amiga, Deborah Souza, que conheci no Egito e passei a admirar e seguir no youtube. Ela tem um canal chamado Consciência Tetha que eu simplesmente adoro, com muitas boas indicações de leitura.

Eu comecei por este e não foi por acaso.


Ele respondeu tudo que eu sentia mas não estava entendendo exatamente como estava acontecendo.

Eu tinha decidido tão firmemente na minha cabeça o que eu queria que fosse diferente em 2019, que o Universo foi me atendendo das maneiras mais diferentes (às vezes totalmente diferente do que eu tinha planejado, sabe?) e eu fui topando. Eu simplesmente aceitei todos os convites que tive vontade de aceitar. Me recusei a deixar a dúvida entrar, o medo também bateu na porta várias vezes( e confesso que foi difícil) mas também nem deixei entrar. Eu fiz o que me deu vontade e tudo ao meu redor teve que se ajustar a isso (e esse tudo envolvia pais em vias de se aposentar, dois filhos pequenos, marido, casa, trabalho e todas as contas que todo mundo tem pra pagar, aquele pacotão completo!).

E o mais engraçado é que como eu estava decidindo fazer tudo com alegria, as pessoas ao meu redor também se contaminavam por esse sentimento e ficavam meio curiosas pra ver o que ia dar. Em nenhum momento eu ouvi uma palavra de desânimo, ou se disseram, eu simplesmente deletei (pode ser também...porque eu sou dessas...rsrsrs).

Aos que perguntavam: com quem as crianças vão ficar? eu respondia: Eles têm pai! 

Fim de papo.

E vida que segue! 

Lendo o livro fica fácil perceber como somos todos criadores da nossa própria realidade. Cada pensamento, cada decisão que tomamos firmemente quanto à nossa vida, quanto ao modo como vamos nos sentir em relação a alguém, como vamos nos portar em relação a uma situação, muitas vezes determina como os acontecimentos vão se desenrolar dali para frente. Se a coisa vai fluir ou empacar de vez.

Ninguém tem o poder de tirar a nossa paz, só nós mesmos. 
Ninguém tem o poder de tornar sozinho um ambiente pesado para todos, mas cada um de nós pode tornar ele mais leve.

Estamos todos conectados de alguma maneira por essa grande matriz divina que podemos ajustar, modificar, co-criar a todo momento, a maneira como nos comportamos, aquilo que emanamos para o mundo, pode mudar não apenas a nossa vida, mas contribuir para quem está a nossa volta.

Os tempos podem ser difíceis para todos, no que diz respeito ao cenário político e econômico, mas o que determina se você será pessoalmente afetado pela crise ou não, se a prosperidade e a alegria podem existir na sua casa, mesmo neste cenário coletivo, é a sua atitude diante dele. 

Libertar-se de crenças limitantes, expandir a consciência, mudar de sintonia, chame do que quiser, mas só uma reforma interior pode transformar o exterior. É preciso acreditar na vida que queremos ter, simples assim.

E quando a gente termina de ler esse livro dá uma vontade louca de perguntar: como ninguém me contou isso antes?

Bom, eu to contando pra todo mundo que eu encontro.

O Universo está aí pronto a responder à sua criação.

O que você tem pensado sobre você? sobre o seu autovalor? sobre os seus sonhos, aqueles de infância ou outros, sonhos novos? Deixe-se surpreender por eles...é tão bom! 

Aceite convites e retribua mensagens! Sinta aonde eles querem te levar! o que eles estão sinalizando?

No mínimo você pode descobrir que tinha uma vontade danada de dançar! Ou de correr! ou de cantar! 

E talvez tudo isso te torne mais leve.

Uma mãe mais leve, uma profissional mais feliz com o que faz todos os dias, uma mulher mais interessante, uma amiga mais divertida, uma irmã menos crítica.

Quem sabe? Que crença vamos modificar hoje? 

Universo, me surpreenda... que eu ADORO surpresas e 2019 ainda não acabou!