quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ainda sobre a transição planetária!

Dando sequência a outros posts em que já abordei o assunto transição planetária (que muito me interessa!!), esta semana escolhi comentar um romance espírita (que acabei de ler hoje) cujo enredo me surpreendeu muito por tratar deste tema de maneira mais suave, narrando uma série de encarnações de um espírito bastante adiantado intelectualmente, mas pra lá de atrasado no aspecto moral, motivo pelo qual acabou sendo exilado de seu mundo de origem: o planeta Capela.
obs: Mini flashback! Para quem não está lembrando ou nunca ouviu falar, Capela foi um planeta que passou exatamente pelo processo de transição de um mundo de provas e expiação para um mundo de regeneração - por que passamos hoje - quando a Terra não passava de um planeta muito primitivo, milhares de anos atrás. Não por acaso, os espíritos que já não poderiam reencarnar por lá, pelo seu atraso moral, incompatível com o planeta em estágio de regeneração, foram exilados para a Terra, com o objetivo de purgar seus débitos contribuindo para o adiantamento intelectual de povos ainda muito atrasados que por aqui viviam. Quem quiser se inteirar um pouco mais sobre a transformação de Capela e sua relação com o nosso planeta pode começar pelo livro "A Caminho da Luz", de Chico Xavier,  que explicava muito bem este processo de exílio e foi o pioneiro no que diz respeito à história do planeta Capela, pelo menos, foi o primeiro livro que li sobre o assunto.
Bem, tendo esse momento de transformação como pano de fundo, a dica de hoje é "Exilados por Amor", psicografia de Sandra Carneiro, pelo espírito Lucius, da editora Vivaluz. 
O romance é sobre o exílio de Ernesto, um espírito muito avançado intelectualmente, que se vê afastado de Capela e levado a sucessivas encarnações compulsórias na Terra, para resgate de inúmeros delitos gerados pelo mau uso de sua inteligência no campo da pesquisa genética. O livro aborda suas encarnações pelo Egito, Grécia e Jerusalém, exemplificando como a chegada de espíritos mais adiantados contribuiu para o avanço da civilização em cada momento histórico, avanço, este, que nem sempre foi acompanhado pelo necessário desenvolvimento de princípios morais e éticos, como pretendido pelo plano espiritual.
Todo o progresso de Ernesto é acompanhado de perto por Elvira, um espírito abnegado que se prontifica a acompanhá-lo em suas difíceis encarnações apenas para auxiliar o seu adiantamento moral, personificando o verdadeiro amor quando ele mais precisaria de apoio espiritual.
A terceira parte do livro é, de longe, a mais interessante, quando é narrada a sua encarnação em Jerusalém, como contemporâneo de Jesus Cristo, na pele de José de Arimatéia, um mercador muito rico, seguidor oculto de Jesus, que após a crucificação resolve vivenciar a sua fé abertamente, enfrentando a fúria do Sinédrio e a prisão pelos romanos. 
Eu não tinha a menor idéia de quem era esse personagem tão interessante na história de Jesus. Foi José de Arimatéia quem conseguiu a autorização de Pilatos para dar a Jesus um sepultamento digno, de acordo com os costumes da época, o que era incomum nos casos de criminosos crucificados. Em consequência deste gesto, acabou preso por exigência de Caifás, acusado de traição pelo povo Judeu, por reconhecer em Jesus o messias enviado por Deus. Depois de vários anos preso, é libertado sem nunca ter sido sequer julgado. Tendo todos os bens confiscados e sendo rejeitado pela família, voltou-se para o trabalho novamente como mercador, mas destinando a maior parte dos lucros aos apóstolos, aproveitando-se desta atividade para levar o Evangelho a terras distantes. 
Procurando na Wikipedia, o breve comentário confirma as informações do livro sobre a personagem: "José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateiacidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. Também conhecido como `Sanhedrin´, formava a suprema magistratura judaica. É venerado como santo católico no dia 31 de agosto. A Bíblia relata que ele era discípulo de Cristo, mesmo que secretamente (Joao 19:38). Segundo os evangelhos, José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. Era o dono do sepulcro onde Jesus Cristo, seu amigo, foi embalsamado, numa esplanada a cerca de 30 metros do local da crucificação e de onde ressuscitou três dias depois da morte. Após a retirada do corpo de Jesus, foi preso por seguir a doutrina dele; ficou muitos anos preso.Caifás queria que ele ficasse preso até morrer, mas como José era muito inteligente para negócios lucrativos , o governador depois de Pôncio Pilatos, conversou com os membros do Sinédrio e convenceu a soltá-lo; ambiciosos pelos lucros que ele traria, libertaram Arimateia. José de Arimateia além de trazer riquezas para a sua região, aproveitou as viagens para divulgar os ensinamentos de Jesus Cristo. Atribui-se também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido como Santo SudárioDe acordo com algumas lendas, José de Arimateia,teria ficado de posse do cálice da Santa Ceia, levando-o para a Europa. Este cálice ficou conhecido como o Santo Graal, tão mencionado nas Lendas Arturianas.".
O livro emociona muito, principalmente, por demonstrar que cada um tem o seu próprio tempo e ninguém pode alavancar o progresso do outro, mas também por deixar claro que o verdadeiro amor tudo suporta na espera pelo outro, de forma paciente e generosa, sem egoísmo ou cobranças...só transmitindo aquela paz de um abraço carinhoso. Quantas vezes, em meio às dificuldades, ficamos alheios a esse abraço que sempre nos envolve no amor de Jesus...quando leio esses livros me lembro que nunca estamos sós e isso me conforta tanto!
Vale a pena ler! Fica a dica para o fim de semana!
Bjs!!

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