quinta-feira, 3 de maio de 2012

Leitura do feriado!

Este feriado foi tudo de bom! 

Marido em casa+chuvinha+bebê dormindo=leitura gostosa!

Como tinha que ser algo que eu pudesse começar e terminar num fim de semana, optei pelo romance espírita emprestado pela minha amiga Bete. Afinal, ela não tinha pressa na devolução, mas convém não abusar, já que sou membro de carteirinha da biblioteca dela...já pensou se ela corta meu cadastro por atraso na entrega?!

Assim, me atraquei com o livro: "A Noiva", psicografado por Jairo Avellar, ditado pelo espírito Elizabeth D'esperance, MG:Editora Itapuã, 2010.



Vamos combinar que eu adoro um casamento, então, o título e a capa já eram bem atraentes para mim... rsrsrsrsrs.

O enredo se desenvolve tendo como pano de fundo o início do séc. XX, quando o espiritismo começou a ser divulgado por aqui. A trama envolve um grupo de espíritos que se comprometeram uns com os outros na Inglaterra do séc. XIII e, tendo falhado em meio à nobreza, são enviados ao Brasil para um recomeço longe das memórias dos desatinos cometidos. Os personagens principais são figuras históricas conhecidas, reis e rainhas daquele tempo, cuja biografia é facilmente conferida até na Wikipedia, o que eu acho muito bacana!

Saber que as relações ali descritas foram vividas por personagens de que todos já ouvimos falar, nos faz repensar muitas opiniões e noções pré concebidas, pois constatamos o quanto a história que conhecemos é parcial quando contada apenas pela parte "vencedora" ou dominante em certo momento.

Justamente por se tratar de comprometimentos muito sérios, envolvendo assassinatos e conspirações pelo poder na corte inglesa, o livro aborda duas questões centrais que são: a vaidade e a obsessão. Primeiro, explicando como a vaidade e a sede pelo poder pode levar o ser humano ao que há de mais degradante que é o desrespeito à própria vida; depois, demonstrando que o efeito desse comportamento nos leva quase sempre a uma consciência culpada e ao resgate através da dor.

A bem da verdade, para os que como eu adoram um casório, no fim das contas a noiva deixa de ser noiva e dá uma certa tristeza ver que não vai ter casamento nenhum para a coitadinha...mas apesar disso ela dá uma bela lição de moral quando assume que o seu momento não é mesmo para romance e deixa o outro livre para ser feliz. Afinal, quem ama liberta, certo? 

O livro faz refletir muito sobre essa verdadeira fogueira de vaidades que se tornou até mesmo o momento da união de um casal...será mesmo necessário tanta "Pompa e circunstância"?! O início da vida a dois não deveria ser um momento de intimidade, carinho e oração pelos noivos? Será preciso um banquete para mil conhecidos bebendo até cair para celebrar o amor entre duas pessoas? Quem já não saiu de um casamento vendo até a noiva ser carregada? Adoro um vinho branco, um rosé, um vinho do Porto, um espumante, uma caipirinha, então, nem se fala... mas nem por isso saio por aí perdendo a linha em qualquer ocasião. O excesso de bebida, por ser deselegante, deixa péssimas recordações de qualquer festa e pode oferecer a oportunidade que faltava para o início de um processo bastante complicado de reverter, como a obsessão.

Cada um na sua, nada contra a bebida alcoólica em geral, mas, na dúvida, depois desse livro, prefiro beber com moderação...nunca se sabe o que andei fazendo em outras vidas!

Fica minha dica para uma leitura rapidinha de feriado! Quando será o próximo???

bjs!

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