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avisando: este post é para quem está pensando ou está em vias de
se tornar mamãe! Na verdade, acho que ele é sobre como eu me tornei
mãe... Não, ele é sobre o que eu li enquanto me tornava mãe...sei
lá, acho que será sobre isso...vamos ver no que dá!
Assim
que comecei a pensar em engravidar, há cerca de um ano, deu aquele
friozinho na barriga, aquele medo de não ter em mim um requisito
essencial, de ter um instinto maternal defeituoso ou, pior, não ter
nenhum! E, impulsionada pelo medo de ser uma péssima mãe, pela
dúvida se queria mesmo ser mãe, sem saber exatamente o que isso
significaria para o meu relacionamento conjugal, o que essa nova
condição me traria de mudanças nos próximos meses...lá fui eu
para o caminho de Santiago, pensar questões e dúvidas sobre um
destino que já estava traçado: afinal, eu já estava grávida!
Uma vez
lá, relaxei, curti minhas primeiras estranhas sensações, comi o
que quis, vi tudo que pude, andei o que meus pés aguentaram, bebi
toda a água da Espanha, rezei como nunca e, quem diria, aprendi a
amar!
Voltei
disposta a fazer tudo certo, descobri em mim uma vontade enorme de
ter esse filho, de curtir minha gravidez ao máximo (sei lá se vai
existir outra...), de cuidar melhor de mim e desse pequeno ser que já
era parte de mim!
Esse
desejo me levou à livraria (depois do médico, claro!): “tem livro
sobre gravidez?”
O rapaz
me olhou de esguelha e chamou uma colega: “Tipo um manual? Tem,
sim”
Sim,
comprei um manual mesmo, dizendo como funciona o corpo feminino a
cada etapa da gravidez...fui lendo obsessivamente a cada dia, semana,
mês...foi muito bom poder acompanhar cada mudança e saber que era
tudo normal! Nos primeiros meses, só lia isso: “A Gravidez
dia-a-dia” da Dra. Maggie Blott (organizadora), tradução de
Renata Bottini, SP: pela Editora Senac, 2010.
Depois,
achei o já manjado: “O que esperar quando você está
esperando”, Heidi Murkoff, Arlene Eisemberg e Sandee Hathaway,
traduzido pelo Paulo Fróes, RJ:Record, 2011. Esse é bem mais
detalhado...explica alguns quadros clínicos que podem ocorrer, o que
os exames podem detectar, remédios e alimentos que devem ser
evitados etc...muito, muito bom! Especialmente, para quem tem alguma
condição específica, como a pressão alta ou diabetes, porque ele
te ajuda a tirar algumas dúvidas bobas sem ter que ligar para o
médico a toda hora. Eu, pelo menos, não queria ligar pro médico a
cada vez que tinha um ataque de paranóia. Dava uma lida no capítulo
correspondente ao meu estágio e levava para o médico, no dia da
consulta, só as dúvidas insanáveis...
No
oitavo mês, em meio a uma situação de emergência, nasceu o
Miguel!
Vários
dias na UTI me mostraram a dor e a delícia da maternidade...
Para
estes dias, só lia mesmo o “evangelho segundo o espiritismo”,
mesmo assim, mais chorava do que lia...
Depois,
com o Miguel em casa a salvo de qualquer problema, ficou só a
delícia! Nesse primeiro mês ganhei da prima Teresa um livro chamado
“Nossos filhos são espíritos” de Hermínio C. Miranda,
SP:Editora 3 de outubro, 2010, 11a. Edição.
Foi o
livro certo na hora certa!
Me
ajudou a compreender melhor o momento de prova que passamos juntos, a
confiar na providência divina e a amar ainda mais meu filhote,
ficando juntinho dele para o que der e vier, e, principalmente,
rezando muito por ele. Afinal, por mais que o ame, ele é um ser com
sua própria bagagem, com um destino que eu não posso controlar, com
seus compromissos e tarefas que só ele pode realizar, com todo um
passado que me antecede e que eu não posso sequer imaginar...
Neste
primeiro dia das mães, é ele meu maior presente, sua saúde a minha
maior benção, seu sorriso minha maior alegria!
Para
aquelas que, como eu, ficam na dúvida, com mil medos e aflições,
posso garantir que tudo passa...na hora do chorinho, do colinho, da
amamentação, quem tem tempo para dúvidas?! A maternidade se
aprende no dia-a-dia, com muito conselho de vó, amor em altas doses
e muita, muita fé!
Para todas as mamães, dedico as flores, dou meu abraço mais apertado e desejo sinceramente um feliz
dia das mães no próximo domingo!!!
Que lindoooooooooooo ! Em pensar que eu acompanhei de perto cada etapa relatada...foi mt bom poder participar da sua descoberta como mãe. Vc está sendo uma mãezona! Nem parece aquela pessoa insegura que ficava perguntando a cada meia-hora..."Pri, vc acha que vou ser boa mãe?"
ResponderExcluirhahaha
É mesmo....nem lembrava mais disso! Que paciência vc teve comigo, hein?! Valeu, Pri! Vc tb é uma super titia!! ;)
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