sábado, 6 de abril de 2013

Em tempos de loucura...

Há fases de verdadeiro caos na vida de qualquer pessoa, mas o que tenho percebido em conversas com amigas, com familiares e até entre colegas de trabalho é que impera um certo sentimento de loucura coletiva em quase todo mundo...rsrsrsrs.

Sério, eu estou chegando à conclusão de que minha geração vive mesmo uma sociedade de extremos na qual os sentimentos são muito exacerbados e alguns radicalismos acabam dando um tom de fim dos tempos à nossa vida moderna, como se ninguém fosse escapar dessa loucura que se instalou em nosso bairro, nossa cidade, nosso país.

Quando até no consultório do pediatra vc se percebe alvo de um tipo de propaganda ou quando até a maternidade virou uma oportunidade para o show business é porque tem alguma coisa errada, não?? Quando a gente trabalha mais porque precisa dar uma boa educação aos filhos e aí passa a achar que, porque tá pagando caro, a escola tem obrigação de devolver ele educadinho, pronto e acabado, é porque alguma coisa ficou fora do lugar, né? Quando de repente a gente se pega se privando de fazer o que gosta para pagar este ou aquele bem de consumo, um sinal de alerta tem que tocar na hora, ou será que não? Quando a gente reclamada de pagar o FGTS para a pessoa que mantem limpa a casa que foi paga em parte com o nosso, tem que ter uma parada meio errada nesse raciocínio, certo?

Eu sempre penso umas coisas assim e fico achando que ninguém mais deve pensar isso...aí converso com um e com outro e vejo que um montão de gente também acha isso tudo muito louco...kkkkkk

Nunca tinha me deparado com um livro que espelhasse esse sentimento de caos coletivo e analisasse friamente o que causa esse fenômeno social.

Aí, esbarrei neste livro: "A Era da Loucura: Como o mundo moderno tornou a felicidade uma meta (quase) impossível", do Michael Foley, editado pela Editora Alaúde, 1ª edição de 2011.

Vou te falar que levei quase dois meses para terminar de ler...foi uma leitura árdua! Não pelo conteúdo que é super interessante, mas pelo excesso de informações e citações, além de uma letrinha miúda que convida ao sono para quem como eu só tem uma horinha para ler, na cama, antes de dormir (se o pequeno dormir cedo...).

Bem, resumindo muito, o livro aborda justamente os conceitos de felicidade nas diversas áreas do conhecimento e como a rotina da vida moderna, com o excesso de tecnologias, a demanda cada vez maior por novos produtos, nos desvia do caminho que poderia nos levar a ela, já que há uma crônica insatisfação coletiva, gerada pelos males de nosso tempo, como o consumismo, por exemplo.

Depois de lido, o livro não transmite uma mensagem clara e objetiva sobre como ser feliz hoje apesar de tudo parecer tão louco (que pena, hein?!rsrsrsrs), mas acho que para cada leitor vai reforçar aquilo que realmente importa: a busca.

No caminho de Santiago aprendi que mais importante que chegar era o caminho.

O livro me fez lembrar que muito mais importante do que um conceito de felicidade, que é mutável ao longo da vida, é não perder o ânimo de buscá-la, mesmo nas circunstâncias desfavoráveis que  nem sempre podem ser modificadas imediatamente.

Eu precisava lembrar disso. Se vc quiser encarar, fica a dica de um bom livro para um momento reflexão!

Até o próximo!

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