terça-feira, 16 de abril de 2013

Uma biografia e um romance!

Sabe aquele livro gostoso de ler?

Esse domingo chuvoso (tudo tem seu lado bom...) me fez devorar uma biografia deliciosa: "Condessa de Barral: A paixão do Imperador", de Mary Del Priore, editora: Objetiva.

Fui conquistada pelas primeiras duas páginas do livro que trazem o teor de cartas trocadas por D. Pedro II e sua Condessa de Barral.

O livro é uma mistura de escritos trocados pelos dois e de muitas informações garimpadas em diários e documentos oficiais de pessoas a estes ligados durante o período de sua convivência.

Ao contrário do romance tórrido entre D. Pedro I e sua Marquesa de Santos, recheado de escândalos que fazem história literalmente, o romance de que trata este livro é mais lúdico, platônico, muitas vezes só ganhando os contornos da imaginação, já que a comunicação possível se dava somente através de cartas que iam e vinham ultrapassando um oceano inteiro de distância!

A condessa chegou à família imperial brasileira por intermédio da irmã de D. Pedro I de quem foi dama de companhia na França. Recebeu a árdua tarefa de educar e preparar as filhas do imperador com todas as pompas e circunstâncias que deveriam cercar as princesas européias.

Como D. Pedro era um imperador extremamente culto e acompanhava de perto a educação das filhas...a proximidade entre ambos era inevitável.

A condessa, filha de dono de engenho que tornou-se diplomata, recebeu educação digna de qualquer homem da época, morando em diversas cidades européias ao longo da vida. Casou-se por amor, com um francês, nada ao gosto de seu pai, por não ser dotado de um patrimônio à sua altura.

É muito interessante entender as negociações e arranjos matrimoniais da época e ver como, em qualquer cenário, os sentimentos proibidos parecem sempre mais intensos...

O amor nascido entre o imperador e condessa ultrapassou oceanos, lutas pelo poder, inveja e ciúme, sendo sublimado pelo tempo, logo este, que pode ser tão cruel com as grandes paixões.

Mais do que a paixão do imperador, achei essa condessa uma grande mulher...

E aquela sensação de estar invadindo correspondências tão secretas e íntimas de um casal que permeia todo o livro acaba transferindo para  o leitor a delícia de viver um amor proibido!

Amei o livro!

Chuvinha gostosa! Valeu a pena passar o domingo em casa! :-)

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