segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A última romântica...entra na fila!



Há bastante tempo só comprava e ganhava livros que não lia mais...acho que desde que o Thi nasceu não consegui engrenar na leitura. Não tanto porque não tivesse tempo ou vontade, mas por uma absoluta falta de concentração, como se meus pensamentos atropelassem as palavras lidas e elas não me prendessem ao enredo de coisa alguma que não fosse muito, mas muito breve.
Aí ganhei um livro no natal passado...porque sempre ganho algum mesmo, até aí tudo ótimo: aquela empolgação de quem ganhou um objeto de desejo constante. OK.
Era um romance.
O primeiro de uma saga da autora Julia Quinn sobre uma família composta basicamente por mulheres fortes e que estão dispostas a tudo para viver aquele grande amor.
Confesso: ficou alguns dias pegando poeira na minha cabeceira.
Não olhava na direção dele.
Dividida entre a vontade de ler e a decisão de ver a Pocahontas matar a Cinderela que existia em mim.
Até que peguei para ler e não parei mais.
Já li tantas vezes a mesma história...e a questão é que mesmo depois de tudo ela ainda me prende e me diverte...porque no fundo, eu gosto mesmo é do sentimento que ela me proporciona...eu gosto de acreditar no amor.
Depois de ler os oito livros (pasmem! ela consegue escrever oito livros sobre a mesma família, mesmo contexto, mesmo cenário, sem ser chato!), eu preciso acolher essa minha essência namoradeira e esperançosa, aceitar que eu sou um ser romântico (afinal, Lulu não era o último) e deixar que esse ser cínico e desconfiado encontre passagem para outro tempo e lugar...ele não me pertence.
E foi assim que ao longo dos últimos seis meses, andei voltando a estudar, a ler e a devanear, me fazendo lembrar do que me faz feliz quando estou comigo mesma, do que me faz sonhar, do que ainda quero contemplar...e com quem quero dividir.
No fim das contas, acho que os romances alimentam muitas caraminholas nas meninas (olha minha avó falando por mim), a gente acredita no conto de fadas e ele se vira contra nós, mas que mal tem se me faz bem? Suspiros...as relações não precisam ser tão cheias de expectativas, ninguém é tão perfeito, mas há uma deliciosa alegria em ser imperfeito com quem acha graça ao descobrir sua mais recente imperfeição e se recusa a desistir de ser imperfeito junto com você.
O amor de hoje não permanece estático e acima do bem e do mal. Ele vacila, se transforma, nos transforma, mas de alguma forma contribui para nossa felicidade em todas as fases de sua transformação...mesmo que termine no amigos para sempre.
Dúvidas? Quem não as tem? 
Acho que aceito as minhas porque as certezas ainda são maiores.
Por enquanto...ficamos assim. Eu leio, romanceio, floreio, mas fico atenta às inúmeras possibilidades...e acreditando mais em mim, no meu potencial de me fazer feliz!
Obrigada a quem me deu o livro! Foi só o começo da redenção do romantismo por aqui...

Se você está precisando de uma leitura para estimular devaneios, é só escolher um desses. Cada um aborda uma situação distinta da outra e não precisam ser lidos em sequência...ah, depois é só entrar aqui atrás de mim na fila para o título de último romântico... aceita que é melhor!




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